sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mogiano assume crime da mala

DEFESA Advogado José Beraldo assumiu o caso: Moraes, que morou em Mogi até o início do ano, é acusado de matar namorada em SP


Alexandre Barreira
O garçom Leandro Rodrigues de Moraes, de 30 anos, vivia em Mogi das Cruzes antes de se mudar para a Capital paulista e, nesta semana, foi preso no último dia 20, em São Vicente, acusado de matar a garçonete Gisele Garcia Barbosa de Farias, de 28 anos, e esconder o corpo dentro de uma mala, deixada no interior do apartamento onde os dois viviam, no Bairro da Bela Vista.


De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, ele teria usado um lençol para matá-la por esganadura e, depois, colocado o corpo em uma mala. O crime aconteceu domingo e, na sequência, Moraes fugiu para São Vicente, no Litoral, onde chegou a forjar um falso sequestro e até pediu R$ 10 mil ao patrão para pagar o resgate. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo conseguiu, no entanto, descobrir a farsa e prender o mogiano.


De acordo com o advogado José Beraldo, contratado para fazer a defesa de Moraes, seu cliente fugiu para o Litoral após o crime porque ficou com medo. "Ele não teve a intenção de matar a moça. Fazia três meses que estavam morando juntos e ele a amava", descreveu Beraldo, que vai tentar desqualificar algumas acusações contra o garçom.


O advogado pretende demonstrar que Moraes agiu sobre forte emoção. "Ele relatou que ao chegar em casa naquele dia, por volta das três horas da manhã, após ter trabalhado no teatro, sua namorada (Gisele) chegou muito nervosa e, agressiva, teria tentado atacá-lo com uma faca após uma discussão. "Ele pegou um lençol para se proteger do ataque e enrolou o pano no pescoço da moça, mas não teve a intenção de matá-la. Num primeiro momento, achou apenas que havia deixado Gisele desmaiada, mas depois, ao ver que a companheira estava morta, colocou o corpo na mala, que estava ao lado da cama, e fugiu", disse Beraldo, revelando que Gisele era usuária de drogas (cocaína) e que Moraes também passou a usar o entorpecente.


O advogado disse ainda que o sequestro forjado foi feito quando estava com muito medo e foi também a forma de Moraes conseguir dinheiro rápido para contratar um advogado e se entregar à Polícia. "O orientei a confessar o crime e a alegar que foi em legítima defesa. Já entramos com vários pedidos, como reconstituição do crime e exame de corpo de delito para provar que ele foi agredido pela moça, e perícia no local, já que a faca utilizada por ela para agredi-lo estava no imóvel", afirmou. "Vamos tentar desqualificar para homicídio culposo e motivado por forte emoção", completou.


Ao contrário do que está sendo veiculado pela Imprensa, Beraldo destacou que seu cliente não é homossexual. Moraes segue preso na cadeia do DHPP, em São Paulo.


Fonte:O Diário de Mogi