CIDADES - 0DIÁRIO DE MOGI
Júlia Guimarães
O Distrito Industrial do Taboão deverá receber, a partir desta semana, parte da terra retirada das obras de ampliação do Aeroporto Internacional André Franco Montoro, de Guarulhos. Os serviços de terraplanagem foram paralisados ontem em razão do mau tempo. A previsão é de que os caminhões responsáveis pelo transporte do material inerte sigam rumo a Mogi das Cruzes entre hoje e amanhã, assim que a chuva der trégua, e que a retirada do material possa ser retomada. O descarte será dividido entre a área mogiana e outros dois terrenos localizados nos municípios de Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba. A estimativa é de que o despejo seja concluído exatamente daqui a um mês, no dia 15 de dezembro.
As informações foram confirmadas ontem a
O Diário pelo coronel do Exército, Carlos Alberto Maciel Teixeira. O oficial informou que o envio do material para Mogi das Cruzes estava sendo discutido desde a última sexta-feira com o proprietário da área, que já teria apresentado todas as documentações necessárias para início da operação. O coronel não soube informar ontem, com precisão, a localização da área. Ele também não disse se o material será despejado em um dos vários portos de areia em funcionamento no Taboão. "Não tenho os detalhes comigo porque a obra está paralisada em razão da chuva. Assim que os serviços forem retomados poderemos detalhar estas questões".
De acordo com o coronel Teixeira, diariamente são realizadas cerca de 1,2 mil viagens da terra retirada do aeroporto. Isso indica que o Taboão deverá receber o movimento de aproximadamente 400 caminhões todos os dias, já que o serviço será dividido por três. Em média, será um veículo a cada 3,6 minutos nas estradas do distrito industrial. Os impactos deverão ser semelhantes aos vistos em Itaquaquecetuba, Suzano e Ferraz, que tiveram ruas praticamente destruídas pela passagem dos veículos pesados. A previsão é de que as empresas responsáveis pelo transporte realizem obras para recuperação do asfalto.
Regras
A Resolução SMA 56/10 estabelece a dispensa de licenciamento ambiental para disposição de terra limpa, para fins de nivelamento de terreno, porém não dispensa a necessidade de licenciamento junto à Prefeitura, para aprovação de obras de terraplanagem. Caso o terreno seja área de mineração, o despejo do material depende de manifestação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Consultado, o secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, declarou que não tinha conhecimento do assunto: "Essa informação é completamente desconhecida para mim. Mas vamos averiguar", destacou.
Fonte:Gustavo Ferreira Ferreira
