terça-feira, 15 de novembro de 2011

Crimes Moradores da Vila Oliveira estão com medo da onda de violência

Assaltos e o assassinato das irmãs colocaram os moradores em estado de alerta; muitos já pensam em se mudar
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Mauricio Sumiya

As câmeras de segurança e outros equipamentos já não são suficientes para trazer tranquilidade
A recente onda de crimes que tomou conta da Vila Oliveira, além do brutal assassinato das irmãs Renata e Roberta Yoshifusa, têm deixado os moradores do bairro nobre de Mogi das Cruzes em estado de alerta. Alguns moradores já pensam, inclusive, em mudar de casa, já que os mais diversos investimentos no que diz respeito à segurança dos imóveis não estão sendo suficientes. A falta de policiamento também tem sido uma reclamação constante.


Apesar de o assassinato das irmãs Yoshifusa ter sido cometido por uma pessoa próxima à família, e não por bandidos como tinha se pensado inicialmente, a brutalidade do crime assustou ainda mais os moradores da Vila Oliveira. Três dias após o homicídio, vizinhos das vítimas, ainda receosos, nem ao menos saiam ao portão para atender à reportagem. "Sabemos que o crime não ocorreu em decorrência de uma invasão, mas a forma como foi assusta muito", comentou a engenheira Priscila de Almeida, de 38 anos.


A gerente Rosangela Alcatrão, 38, mora em uma rua próxima a casa da família Yoshifusa e conhecia as vítimas. "Essas meninas eram tudo para os pais. Sabemos que vai ser difícil para a família se recompor, mas vamos rezar muito por eles".


Com medo da onda de crimes que tem deixado o bairro em evidência na mídia, Rosangela, que mora há cinco anos na Vila Oliveira, já pensa em mudar de casa. "Antes de me mudar para cá tive de instalar cerca elétrica, colocar um portão reforçado e até câmeras de segurança", contou.


Mãe de um garoto de 11 anos, a gerente nem ao menos deixa o filho brincar na rua, com medo da violência. "O bairro tem tido muitos assaltos. Conheço muitas pessoas que cresceram aqui e, agora, estão colocando as casas à venda e indo embora por causa da criminalidade. Depois desse acontecimento, estou pensando seriamente em vender a minha casa e ir morar em um condomínio fechado para me sentir mais segura".


Os moradores também reclamam muito da falta de policiamento mais ostensivo. "Talvez pelo fato de haver guaritas de segurança, as pessoas pensem que não é necessário a presença de uma viatura policial na Vila Oliveira. Mas a verdade é que nós ficamos reféns como presidiários dentro da própria casa. Hoje, prefiro fazer uma pizza em casa, a ter de encomendar e receber a entrega de um desconhecido no portão", lamentou a gerente. 
Um homem, que preferiu não se identificar, confirmou a falta de patrulhamento policial no bairro e disse que só se sente seguro por conta do segurança que é pago para vigiar o imóvel: "Nós temos sorte de ter o Edmundo e o cachorro Kiro para nos proteger."


Outro lado
Questionado sobre o policiamento na Vila Oliveira, o comandante da 1ª Companhia do 17° Batalhão da PM, capitão Rodrigo Fernandes Dourado, informou que o bairro é constantemente beneficiado por vários programas da PM. 
"Infelizmente quando ocorre um fato como esse, a sensação de segurança fica abalada. Agora, para tentar resgatar esta sensação, vamos intensificar o programa de policiamento".


Fonte:Mogi News