quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Divergência Lei que obriga casas lotéricas a manter segurança gera polêmica

Vereadores estão divididos. Uma audiência pública será feita na próxima segunda-feira para discutir a proposta
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Komura: É contra o projeto
A audiência pública que discutirá o projeto que obriga as casas lotéricas da cidade a contar com seguranças particulares será realizada na próxima segunda-feira, às 10 horas, na Câmara Municipal, no entanto, os vereadores contrários e favoráveis à medida já iniciaram as discussões. A proposta segue em análise nas comissões permanentes do Legislativo e poderá entrar em votação em plenário nas próximas sessões. 
O vereador Pedro Komura (PSDB) faz parte do grupo que se posiciona contra a norma. Segundo ele, o custo para manter um segurança é elevado, o que pode inviabilizar a manutenção do estabelecimento. "Em média, um gerente de lotérica recebe R$ 1,2 mil e um vigilante R$ 2 mil", destacou.


O tucano também frisou que não há espaço físico suficiente para o trabalho do vigia. "A maioria das lotéricas funciona em um local com 25 m² e isso (a presença de segurança) traria ainda mais desconforto aos clientes", disse. 
Outro ponto criticado pelo parlamentar é a justificativa apresentada para que o projeto entre em atividade. "Não existe nenhuma estatística que demonstre que esse tipo de prestação de serviço é alvo frequente de roubos. E, se a preocupação é proteção, será preciso estender a determinação às farmácias e a outros locais que também prestam atendimentos bancários", avaliou. 
"Estes são apontamentos feitos por um grupo de empresários que veio me procurar", revelou Komura.


O autor do projeto, Expedito Ubiratan Tobias (PR), respondeu às críticas. "Trata-se de uma maneira de aumentar a segurança, não só dos clientes, mas dos próprios funcionários. Como o efetivo da Polícia Militar é reduzido, esses lugares precisam buscar alternativas", afirmou. "Nossa cidade tem 400 mil habitantes e apenas 24 lotéricas, então, o problema de recursos não existe. Inicialmente, o projeto prevê apenas a obrigatoriedade de seguranças nas lotéricas, mas se houver a necessidade podemos estender a determinação às farmácias e a outros locais", disse.


O republicano acredita que todas as dúvidas serão esclarecidas após a audiência pública.


Fonte:Mogi News