Segundo Tobias, a ideia visa "a diminuição de riscos à segurança dos usuários dos serviços e, de forma direta, aprimorar a qualidade do atendimento ao consumidor". "Outra coisa é que a Polícia Militar tem um efetivo reduzido e não pode estar em todos os lugares. Com os seguranças nas lotéricas, o público ficará muito mais confiante de que nada vai acontecer com ele", explicou o vereador.
Ele disse, ainda que, posteriormente, apresentará novos projetos para que todos os comércios que façam serviços bancários disponham de vigilantes, tais como farmácias, supermercados e pequenos mercados que recebem contas a pagar.
Apesar de já ter propostas para o futuro quanto ao assunto, Tobias terá dificuldades para aprovação de seu projeto. De acordo com o vereador Pedro Komura (PSDB), que recebeu em seu gabinete um grupo de proprietários de lotéricas pedindo a inviabilidade da proposta, outros legisladores também estariam contra o projeto. "Sou contra, assim como muitos outros. Um gerente de casa lotérica ganha, em média, R$ 1,5 mil. Um vigia terá de receber R$ 2 mil e cada lotérica precisará contratar ao menos dois profissionais para que se revezem. Não tem como isso dar certo. Além do mais, cada estabelecimento deste tem 25 m², sempre fica cheio e o segurança terá de ficar na rua? É estranho. E no shopping, por exemplo, que já tem segurança? O que vai ser feito? E os demais estabelecimentos, como as farmácias? Vão ter que ter vigia lá também? Enfim, há uma série de questionamentos que o projeto não responde. É falho", afirmou Komura.
Mesmo com a polêmica, Tobias garante que não irá retirar a proposta. "Prefiro ficar ao lado do povo do que dos donos das lotéricas", justificou. "Quero o melhor para todos, já que o povo passará a sofrer porque as lotéricas e demais estabelecimentos passarão a não mais aceitar o pagamento de contas ou reduzirão o horário de atendimento", retrucou o tucano.
Fonte:O Diário de Mogi
