domingo, 14 de agosto de 2011

Comportamento Filhos escolhidos pelo coração


Pais decidem adotar crianças e dar a elas as mesmas oportunidades que os seus filhos biológicos têm
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Divulgação
Paola e Maurizio Alesso têm sete filhos biológicos, mas decidiram aumentar a família adotando mais seis crianças, que ganharam o carinho e o amor de todos
Criar um filho exige um grande trabalho para qualquer pai. Mas e se esse dever for multiplicado por sete? Ou melhor, por 13? Uma família numerosa carece de mais paciência, carinho, roupa, brinquedo, comida e amor. E tudo isso a família Alesso tem. Além disso, o vice-presidente do abrigo São Lourenço, Maurizio Alesso, é a referência paterna para mais 80 crianças, que vivem na entidade, que fica em Taiaçupeba.

O voluntário vive a paternidade de duas formas, que ele considera especiais, mas que exigem a mesma dose de carinho. Alesso tem com sua esposa Paola sete filhos biológicos e há quatro anos adotou mais seis crianças. "Cuidar de todas elas não é uma tarefa fácil. Na verdade, nunca pensei em ter sete filhos biológicos, foi acontecendo. O mais velho tem 14 anos e a mais nova 2 anos", contou.

Alesso disse que a decisão de adotar mais seis irmãos foi pensada por toda a família. "Reunimos nossos filhos, que na época eram seis, e explicamos que queríamos adotar seis crianças. Todos eles foram a favor, mas esclarecemos que eles teriam de dividir tudo. As camas se transformariam em beliches e eles perderiam espaço no quarto, mas eles aceitaram", disse. 
Alesso acredita que ser pai é uma missão que precisa ser executada com destreza. "Com o pacote de mais seis filhos, vêm mais paciência e amor. Criar um filho é mais difícil com esse mundo maluco de hoje", afirmou.

Tarefas simples do dia a dia, como dar banho e levar ao colégio, se tornam uma verdadeira maratona para a família e exige uma grande logística. "Dou banho em cada um e minha mulher fica esperando para secá-los e trocá-los. São meias e cuecas para todos os lados", brincou Alesso. Ele contou que, de todas as crianças, apenas uma é menina. "O mais importante é que os maiores já ajudam a cuidar dos menores, principalmente da nossa princesinha de 2 anos", destacou.

Como cada criança tem uma faixa etária e está vivendo uma fase diferente, Alesso busca dar o máximo de atenção para cada uma delas. "Procuro ser presente na vida deles. Foi o que faltou com o meu pai. Sentia falta do diálogo. Ele não tinha muito tempo, pois estava trabalhando para providenciar tudo para nós, mas precisava dele, não só das coisas que ele conseguia", relatou.
Ele afirmou que pelo menos uma vez por semana costumar buscar todos os filhos na escola. "Na sexta-feira, costumo pegá-los. Tento estar presente na hora das tarefas de casa também", ressaltou o vice-presidente do São Lourenço.

Fonte:Mogi News