terça-feira, 12 de julho de 2011

Entidade: Marlene Alabarce sai em defesa da Abomoras e pede ajuda de mogianos

Ex-presidente do Fundo Social é voluntária. Ela disse ter se sentido ofendida com acusações do Comas
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Guilherme Bertti

Marlene Alabarce: "Faço parte do grupo de voluntários e fiquei ofendida ao ler certas acusações"
A ex-presidente do Fundo Social de Solidariedade de Mogi das Cruzes Marlene Alabarce Mayer está iniciando uma campanha para ajudar a Associação Beneficente Onde Moras? (Abomoras) a continuar o atendimento ao público. Em entrevista ao jornal, ela saiu em defesa da entidade, que há poucos dias perdeu o direito à subvenção anual de R$ 207 mil repassados pela Secretaria Municipal de Assistência Social por determinação Conselho Municipal de Assistência Social (Comas). Marlene garantiu: é uma entidade séria, tanto que se dispôs a defendê-la e a ajudá-la.


Marlene, que também é voluntária da entidade, afirma que conta com o apoio dos mogianos para manter a unidade funcionando até que a situação seja regularizada. A Abomoras aceita doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, cobertores e peças de roupas. A entidade também recebe doação em dinheiro por meio do departamento de telemarketing. 
O Comas recebeu denúncias anônimas relatando maus tratos e falta de estrutura na entidade. Em vistoria, o conselho pontuou alguns problemas e determinou que a subvenção repassada para o atendimento de moradores de rua no projeto "Novo Rumo" fosse cortada. Marlene se revoltou com isso. Ela colocou em xeque as considerações que a presidente do Comas, Maria Cristina Gonçalves, apresentou à Imprensa. 
Segundo Marlene, muitas informações dadas pelo Comas não correspondem com a realidade da entidade: "Irregularidades, todas as entidades beneficentes têm. Falo isso porque já fui presidente do Fundo Social e sei a dificuldade que é manter uma associação sem fins lucrativos só com subvenção e dinheiro de doação. Acontece que faço parte do grupo de voluntários e fiquei ofendida ao ler certas acusações, como o desvio de alimentos que foi divulgado na Imprensa", contou. 
Sem previsão de conseguir novamente o repasse que chega a R$ 17 mil por mês, para atender até 106 moradores de rua, como aconteceu no último mês, a entidade espera e precisa de doações. "Eu já trabalhei com os mogianos em outras ocasiões, e sei que o povo é solidário. Por isto, estou aqui, apelando para quem puder fazer uma doação. Pode ser R$ 5 por mês, ou peças de roupas, e principalmente alimentos. Toda ajuda será bem-vinda. Eu não relacionaria meu nome com uma entidade se ela não fosse realmente séria", disse Marlene Alabarce. 
O projeto "Novo Rumo" tem como objetivo atender os moradores de rua encaminhados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social. Oferece comida, banho e acomodação rotativa, além de inseri-los em atividades de reinserção social. "O que acontece é que muitos moradores de rua não são de Mogi, ou possuem alguma deficiência física, então temos que mantê-los na entidade até que a família seja encontrada", disse Adriana Reis. Atualmente, 33 moradores de rua permanecem na entidade. "Se não conseguirmos alimentos para continuar o atendimento, teremos de notificar a Prefeitura e solicitar transferência para outras entidades", contou. 
A direção da Abomoras convida a população para conhecer as instalações e o trabalho da entidade. "Não temos nada a esconder. Quem quiser conhecer o nosso trabalho, basta ir até a sede, na hora que quiser, e conhecer como trabalhamos", garantiu Adriana. 
O morador de rua Acácio Fernandes Vaz, de 73 anos, está sendo atendido no local há 7 meses, e teme a transferência. "Aqui não me falta nada. Confio em todo mundo que trabalha aqui, porque eles atendem todos nós muito bem. Quem puder ajudar a entidade, vai receber em dobro de Deus, tenho certeza", afirmou. A Abomoras fica na rua João XXIII, s/nº. Telefones para contato: 4696-7904 e 2809-5379.


Fonte:Mogi News