sábado, 4 de junho de 2011

Repasses Nefrologia enfrenta falta de verba

Atendimento aos pacientes com problemas renais ficou comprometido desde o bloqueio de recursos pelo SUS
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya





Repasses para Instituto de Nefrologia estão defasados em 50%
O Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes também está com dificuldades para garantir o atendimento aos pacientes portadores de doenças renais na região. Assim como tem ocorrido com o Centro Oncológico, os problemas têm origem no repasse das verbas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A diferença entre as duas unidades, no entanto, é que o instituto ainda não está sofrendo com a falta de vagas.


De acordo com a diretora do Instituto de Nefrologia de Mogi e Suzano - que respondem pelo Alto Tietê-, Altair Oliveira de Lima, os repasses do Ministério da Saúde para o tratamento da especialidade estão defasados em até 50%. Além disso, o Ministério da Saúde estaria com dificuldades orçamentárias para liberar novos repasses. Procurada, a Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde informou que os dados sobre o repasse só podem ser esclarecidos com o número do convênio firmado entre as partes, dado que não foi informado pelo instituto.


Atualmente, são atendidas 298 pessoas na unidade mogiana. Destes, 215 são da cidade. Itaquaquecetuba é o segundo município com mais pacientes em tratamento entre as dez da região. Tem 27. Itaquá é também o segundo em moradores atendidos na unidade suzanense do instituto (55). Lá são 276 pacientes atualmente, dos quais 146 são da própria cidade.


Segundo Altair, apesar de a situação na entidade ainda não estar no limite, já há casos de habitantes da região atendidos em outros municípios. "Nós estamos falando de procedimentos indispensáveis à vida, que são a nefrologia e a oncologia. No caso da nefrologia, a União faz o repasse e o Estado gerencia. É importante dizer que nenhum paciente deixou de ser atendido e que em casos em que o teto financeiro esteve arriscado tivemos transferências das pessoas para outras cidades", disse a diretora. Segundo ela, casos de transferências ocorrem com apenas uma parte dos doentes. "Geralmente são algumas pessoas de Ferraz, Poá e Itaquá que vão para outras cidades. Mas nós já retornamos com todos estes para as nossas unidades", completou.


Ela comentou também os problemas com os repasses. "Os serviços não têm sido pagos integralmente. O ministério alega falta de recursos financeiros. O que estamos assistindo é uma carência financeira em todas as áreas da saúde. O orçamento tem crescido, mas não o suficiente para cobrir a necessidade".




Reforma 
A diretora afirmou que a unidade mogiana deve passar por uma reforma. As obras devem começar no próximo mês.


Fonte:Mogi News