sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lixão: Diretoria do Bunkyo ataca deputado federal

Clube afirma que, quando Junji Abe era prefeito de Mogi, assinou certidões que facilitaram a abertura do processo de licenciamento do aterro sanitário
Bras Santos
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya





Junji se ofereceu para ajudar a romper contrato
O presidente do Clube Bunkyo, Kiyoji Nakayama, divulgou ontem um "esclarecimento" à população em resposta a uma carta encaminhada pelo ex-prefeito e deputado federal Junji Abe (DEM) à Imprensa da cidade no dia 31 de maio. O documento assinado pela diretoria do Bunkyo contém fortes críticas ao parlamentar, que, enquanto prefeito da cidade, teria assinado certidões que facilitaram a abertura do processo de instalação do aterro sanitário que a empreiteira Queiroz Galvão quer construir no distrito mogiano do Taboão.


Na carta, o Bunkyo atribui ao deputado uma possível "falta de ética". Junji Abe se colocou à disposição da direção da entidade para tornar sem efeito o contrato de patrocínio firmado em 2005 entre a associação que representa a colônia japonesa no município e a Queiroz Galvão. O contrato garantiu recursos (cerca de R$ 100 mil) para as últimas edições da Festa Akimatsuri, que é promovida pelo Bunkyo. Em troca do patrocínio, o clube se comprometeu a ceder suas instalações para a audiência pública que discutirá o processo de licenciamento ambiental do Lixão.


Ao longo do texto, a direção do Bunkyo diz que o deputado agiu de forma demagógica ao oferecer ajuda (somente pela Imprensa) para que a associação não precise mais liberar seu ginásio para a audiência pública. Também foi destacado que o ex-prefeito nunca teria demonstrado interesse em ajudar no crescimento da Festa Akimatsuri e que Junji pode ter oferecido ajuda com a única finalidade de sair-se como herói em um processo em que ele seria "o vilão". 
A assessoria do deputado federal afirmou que o ex-prefeito vai se manifestar, mas somente depois de ler o conteúdo da carta.


Fonte: Mogi News