Integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) criticaram a ampliação do número de vereadores eleitos. O professor universitário e históriador Mário Sérgio de Moraes, resumiu o posicionamento do grupo. "A quantidade, em hipótese nenhuma representa qualidade", disse. "A Câmara é um poder constituído para fiscalizar as ações do Executivo, fato que não ocorre em Mogi, porque a máquina administrativa atua com o apoio irrestrito dos parlamentares que, por sua vez, contam com imensa parceria do setor privado e passa a atuar em defesa dele", analisou Moraes.
"O número (23) é razoável, caso a inatividade não dominasse esta legislatura", afirmou o historiador. "Torço para que esta ampliação possibilite a entrada de uma voz contrária".
O advogado Marco Soares Junior, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi, considerou o aumento indevido. "Com a atual produtividade, um número muito menor de parlamentares seria suficiente para apresentar dezenas de projetos para alteração de nomes de rua e entrega de títulos", frisou. A justificativa que os sete vereadores a mais não afetariam os cofres públicos também foi rebatida. "Todos os anos há uma sobra do Orçamento da Câmara que é devolvida à Prefeitura. Com um gasto maior, é natural que o valor seja menor".
O ferroviário Adalberto de Andrade, presidente da Associação dos Moradores do Jardim São Pedro, também se posicionou contrário. "Antes, era preciso organizar plebiscitos nos bairros para verificar o que a população queria. Com certeza, o aumento para 23 seria reprovado", salientou. (C.L.)
Fonte:Mogi News
