sexta-feira, 10 de junho de 2011

23 vereadores

Partidos traçam novos planos com o aumento de cadeiras na Câmara
Presidentes de todas as legendas já estão revendo as estratégias para as eleições municipais do ano que vem
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Mauricio Sumiya













: "PR quer eleger sete vereadores"
A maioria dos presidentes dos partidos políticos da cidade aprovou o aumento do número de vereadores para a próxima legislatura. Eles já traçam novos objetivos a partir do cenário definido para as eleições municipais de 2012. Durante a sessão de quarta-feira, na Câmara Municipal, a emenda à Lei Orgânica que amplia de 16 para 23 parlamentares foi aprovada por unanimidade. Para passar a valer, o texto precisará ser votado em plenário uma segunda vez. A expectativa é que a proposta entre na pauta na semana que vem.


A preocupação dos representantes dos principais partidos de Mogi é com o debate que ocorre no Senado sobre a reforma política, especificamente as coligações nas eleições proporcionais. A Comissão da Reforma Política da instituição votou favorável a proibição. O texto segue para ser analisado pelos senadores.


Atualmente com três representantes no Legislativo, o Partido Republicano (PR) pretende eleger até sete vereadores. O presidente do diretório municipal da legenda, Marcos Damásio, secretário municipal de Desenvolvimento, destacou que sempre trabalhou com a possibilidade dessa ampliação. "Pretendemos sair com a chapa completa de vereadores, 35 nomes, mas com a possibilidade de uma coligação", revelou Damásio, que já declarou apoiar uma eventual candidatura do prefeito Marco Bertaiolli (DEM). "Apesar de já traçar uma estratégia para os 23, minha opinião é que 21 seria o ideal", frisou.


O vice-prefeito, José Antonio Cuco Pereira, presidente do PSDB em Mogi, salientou que "a Câmara tem autonomia para decidir o melhor para o município. Se a legislação permite, não vou questionar", disse. Ele adiantou que analisa a possibilidade de uma coligação e acredita que os tucanos irão eleger até cinco candidatos. 
Romildo Campelo, presidente do PV e ouvidor municipal, comemorou a decisão e projeta ter até dois "verdes" eleitos. "O aumento (na Câmara) representa o crescimento populacional da cidade", justificou. "Na próxima legislatura, teremos uma pluralidade maior", destacou.


"Estamos com a chapa completa definida e como acredito que as coligações serão mantidas, temos condições de coligar com o PTB, PV, PC do B ou até o PT e, assim, conquistar quatro cadeiras", afirmou o presidente do PMDB municipal, o vereador Geraldo Tomaz Augusto, o Geraldão.


O deputado federal Junji Abe (DEM), mas responsável por articular o PSD na região, criticou o aumento. "Vinte e um como antes do recuo é o número razoável", contou. "O PSD será da base de apoio do prefeito e estamos em busca de uma chapa forte. Nosso objetivo é eleger até cinco nomes", afirmou.




PT, PSOL e PP
Com um processo de reformulação em andamento, o Partido dos Trabalhadores (PT), que na esfera federal venceu as três últimas eleições, mas na municipal não tem nenhum representante, tem planos para contar com três parlamentares. "Lançaremos chapa completa até para o cargo majoritário e buscamos apoio do PTB, PC do B e o PP", garantiu. "A ampliação aumenta a representatividade dos movimentos sociais e entidades de classe", ponderou o presidente petista Clodoaldo aparecido de Moraes.


Presidente do PSOL em Mogi, Inês Paz, revelou que a estratégia é "Mogi ter novamente uma voz dissonante das determinações do Executivo". "Com a ampliação, a possibilidade de vozes contrárias ao poderio da Prefeitura podem aparecer", destacou.


"Acredito que 19 cadeiras seriam suficientes", avaliou o presidente do PP da cidade, José Gustavo Ferreira dos Santos. "Nossa meta é atingir um número de votos que coloque dois progressistas no Legislativo", disse.


Fonte:Mogi News