sexta-feira, 3 de junho de 2011

Grupo pedirá ajuda de prefeitos

Grupo pedirá ajuda de prefeitos

Josiane Carvalho
Integrantes do Movimento "Aterro, Não!", formado pela sociedade civil organizada, pretendem pedir o apoio dos prefeitos de Guarulhos e São José dos Campos para reforçar a luta contra a instalação de um aterro sanitário no Distrito Industrial do Taboão, em Mogi. Esta foi a principal deliberação da reunião realizada pela Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na manhã de ontem. Embora o evento tenha sido proposto pela própria entidade, para reafirmar o posicionamento contrário à implantação do empreendimento, o diretor Milton Sobrosa não esteve presente no encontro, que foi comandado pelo 1º vice-diretor Renato Torquato Rissoni.
Ele iniciou seu discurso dizendo que a postura adotada pelo representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Dallari, que cedeu espaço para que o advogado da Construtora Queiroz Galvão, Douglas Nadalini, fizesse a defesa da empresa na reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), não passou de um mau entendido. "Todos os integrantes deste movimento sabem muito bem quais as nossas convicções. Desde o início, há anos, nosso posicionamento sempre foi contrário à instalação do aterro e é importante deixar claro que a Fiesp acata a decisão regional e fica aí um alerta para a própria Federação tomar mais cuidado com o que fazem neste tipo de encontro. Sabemos perfeitamente que a estadual tem 11 mil associados e muitos departamentos e não dá tempo para tudo ser discutido com o presidente. Penso que o ocorrido no Consema foi uma falha, um deslize que deverá ser corrigido", ponderou.
Em pouco mais de uma hora, uma série de sugestões e solicitações de apoio foram ditas por representantes da sociedade civil e de indústrias que se sentem lesadas com a possibilidade de instalação de um aterro na Cidade. O reforço de nomes como os prefeitos de São José dos Campos e Guarulhos é uma das ações previstas para os próximos dias. "No EIA-Rima de 2005 consta a informação de que estas duas cidades são servidas de água do aquífero de Taubaté. Diante disso, pretendo mandar nas próximas semanas um documento para o gabinete dos prefeitos pedindo a ajuda deles na luta contra o lixão. Por ser uma questão que envolve o abastecimento de água da população e de municípios com mais de um milhão de habitantes, duvido muito que eles sejam contrários às nossas reivindicações", considerou um dos membros do movimento, Mário Berti Filho.
Sobre o posicionamento do Ciesp Regional com relação às explicações da entidade, Berti se diz satisfeito e acredita no tal mau entendido defendido pela instituição. "Ficou tudo muito bem esclarecido. Penso, realmente, que foi um desentendimento porque quem estava lá era um suplente da Fiesp. E hoje, ele (Ciesp) demonstrou ser nosso irmão na luta. Sabemos perfeitamente que os empresários não querem este aterro porque vai azarar a vida deles", afirmou.

Fonte:O Diário de Mogi