quarta-feira, 11 de maio de 2011

Justiça: Homossexuais querem informações sobre união

Justiça:
Homossexuais querem informações sobre união
Muitos casais foram aos cartórios mogianos pedir mais detalhes e tirar dúvidas sobre o reconhecimento do STF da união estável entre os gays
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya
Por enquanto, os casais foram aos cartórios apenas para pedir informações sobre a nova regra
Muitos casais homossexuais procuraram os cartórios civis de Mogi das Cruzes para saber mais sobre união estável, mas, cinco dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter definido que não há diferença entre as uniões heterossexuais e homossexuais, nenhum deles registrou a certidão. A reportagem do Mogi News procurou os quatro cartórios que fazem a escritura na cidade, mas constatou que, por enquanto, o assunto ainda é novo e desperta apenas curiosidade.
No cartório de Brás Cubas, a escrevente Márcia Mayumi Horita Lopes já atendeu alguns casais homossexuais femininos e masculinos. "Por enquanto, eles têm procurado saber o que é exatamente esta certidão, que direitos poderão ter garantidos, entre outros detalhes", contou. Na unidade, um dos casais chegou a dar entrada na documentação, mas decidiu viajar para a Argentina e se casar lá. Na Argentina, o casamento gay proposto pela presidente Cristina Kirchner foi aprovado pelo Senado em julho do ano passado, transformando o País no primeiro da América Latina a permitir a união entre pessoas do mesmo sexo.
Por aqui, a discussão ainda é longa, mas a certidão de união estável permite que os casais homossexuais pleiteiem os mesmos direitos que os casais heterossexuais, como o recebimento de herança e pensão.
O documento não comprova a união do casal e, se houver necessidade de esclarecimento na Justiça, a relação deverá ser comprovada por meio de testemunhas e de documentos. Até 2002, apenas o casamento civil era reconhecido juridicamente. Depois do novo Código Civil, as relações sem registro ganharam o mesmo peso do casamento oficial. Quando existe o rompimento de uma relação estável, existe a possibilidade de recebimento de pensão e partilha de bens.


Os primeiros
Um casal gay de Goiânia (GO) foi o primeiro do Brasil a registrar a união no cartório depois sa decisão do STF. O jornalista Liorcino Mendes Pereira Filho, 46, e o estudante Odílio Cordeiro Torres Neto, 23, procuraram o cartório Francisco Taveira, do 4º Registro Civil de Goiânia para formalizar a relação.

Fonte:Mogi News