quarta-feira, 11 de maio de 2011

Atendimento deve ser agilizado

Atendimento deve ser agilizado

EXPLICAÇÃO Bertaiolli apresentou ontem as novidades e o funcionamento do SIS, ao lado de representantes da Secretaria Municipal de Saúde
MARA FLÔRES
A partir de junho, os usuários do Sistema Integrado de Saúde (SIS) passarão a contar com mais duas ferramentas que visam facilitar o atendimento na rede municipal: o leitor de código de barras do cartão SIS, que eliminará a necessidade de preenchimento de fichas antes das consultas e proporcionará um ganho de tempo, e a emissão eletrônica do comprovante de agendamento do retorno na mesma unidade de saúde. Lançado oficialmente no dia 5 de abril, o SIS já conta com 229.161 pacientes cadastrados e três mil cartões emitidos. O próximo grande passo, porém, virá em julho, quando começará a funcionar o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEV), o qual trará todo o histórico médico do usuário e permitirá, entre outros importantes avanços, a criação de um banco de dados sobre as doenças que mais demandam consultas e exames na rede municipal, assim como estatísticas mais apuradas, como a que permitirá saber os tipos de males que mais afetam os moradores de um e outro bairro da Cidade.
As novidades e a explicação, passo a passo, de como funciona o SIS foram apresentadas ontem pela manhã pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) e a direção da Secretaria Municipal de Saúde. As novas ferramentas consolidam os avanços já implantados dentro do Sistema, como a Central de Agendamento de Consultas (além do telefone, agora é possível requerer atendimento pela internet e por meio de totens instalados em pontos estratégicos da Cidade), a integração das informações em rede e a marcação de retornos nas próprias unidades de saúde. Com as inovações previstas para junho e julho, ficarão faltando apenas os programas para controle na dispensa de medicamentos e na parte de vacinação. A meta da Prefeitura é ter 100% do SIS em funcionamento até o final do ano.
"Tudo isso possibilitará um aperfeiçoamento inédito no sistema municipal de saúde. E o mais importante. Estamos fazendo tudo com o maior cuidado para não interferir na rotina do paciente", avaliou o prefeito Bertaiolli.
A implantação do PEV é apontada pelos gestores municipais de saúde como o grande avanço do SIS, já que toda a vida médica do paciente estará disponível num arquivo eletrônico que poderá ser acessado pelos profissionais das unidades de saúde para um melhor atendimento do usuário e maior resolutividade do caso. O banco de dados começará a ser alimentado em julho pelos médicos, no momento da consulta. Todas as queixas do paciente, assim como o diagnóstico, resultado de exames e a respectiva medicação indicada vão constar no sistema. Se o morador passar no médico em Jundiapeba num dia e, no outro, passar no Jardim Universo, por exemplo, o segundo profissional que for atendê-lo saberá todas as queixas que ele apresentou no dia anterior e o encaminhamento dado. Depois de algum tempo, o médico poderá consultar exames de meses e até de anos anteriores.
Um dos principais desdobramentos do PEV, no entanto, está nas estatísticas que o Município passará a ter sobre as doenças que mais afetam os mogianos, com dados por regiões, sexo e até faixa etária. Os dados do posto de saúde de Sabaúna, por exemplo, permitirão que a Prefeitura saiba se o problema que mais afeta a população local é diabetes, pressão alta ou algum outro mal e, assim, desenvolver programas de prevenção específicos.
"Dentro de um ano, acredito que já teremos alguns parâmetros que nos permitam traçar um perfil do paciente da rede municipal. Em cinco anos, no entanto, deveremos ter o que ninguém tem em termos de ambulatório", destacou o secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho. "E o sigilo médico está absolutamente garantido porque o acesso a essas informações está restrito ao código secreto e individual que o profissional receberá para entrar no sistema", acrescentou.
Violência
Outra grande conquista do PEV será a identificação dos casos que indicam maus-tratos cometidos contra crianças e adolescentes e o respectivo encaminhamento deles para investigação. Essa etapa faz parte de um programa que o Município lançará no próximo dia 18 e que prevê a notificação obrigatória – tanto pelos profissionais da rede pública como também da privada – de todos os casos em que há indícios de violência.
"O que é muito comum em situações como essa é o pai ou a mãe levar a criança em unidades diferentes para não levantar suspeitas de agressões. Mas, agora, com a informatização de todo o sistema, será possível saber que aquela pessoa já passou com oi filho em tais e tais unidades, com queixas de tal tipo...", comentou Bertaiolli.

Fonte:O Diário de Mogi