domingo, 4 de dezembro de 2016

Polícia Militar: Kamiyama detalha planos à frente do 17º Batalhão

Novo comandante do batalhão de Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim, Salesópolis e Guararema, fala sobre carreira e planejamento
Foto: Daniel Carvalho


O novo chefe do batalhão assumiu o cargo na última quinta-feira substituindo Eduardo Rangel
Há 31 anos na Polícia Militar, o tenente-coronel Felício Kamiyama destacou-se, recentemente, em uma ocorrência que demandou mais do que o famoso "tirocínio" policial, pois exigiu destreza e coragem suficientes para que ele conseguisse sair vivo da situação. É que o então major deparou-se, há poucos meses, com uma quadrilha fortemente armada ao lado de um carro tombado na rodovia Mogi-Dutra (SP-88), utilizando uniformes da Polícia Civil. Ao se aproximar com o motorista da viatura em que estava, para prestar auxílio, imaginando que se tratava de policiais acidentados, o oficial foi recebido a tiros de fuzil e escapou da morte ao correr pelo canteiro central e se jogar em um barranco. Por pouco, ele não pagou o preço de ser policial, sacrificando a própria vida em um dia de serviço em prol da população, conforme reza o juramento da PM.
Pouco tempo depois, ele foi promovido, subindo a patente de major a tenente-coronel e, nesta semana, recebeu o anúncio de que comandaria o 17º Batalhão da PM, sediado em Mogi. Conheça um pouco mais da trajetória de Kamiyama:
Mogi News: Como iniciou a carreira militar?
Felício Kamiyama: Declarado aspirante oficial no ano de 1989, servi à comunidade, por meio das seguintes unidades: Escola Superior de Sargentos e Academia de Policia Militar do Barro Branco, como instrutor; 11º Batalhão de Policia Militar Metropolitano, localizada na capital paulista; Comando de Policiamento de Área Metropolitano da Região 7 (CPA-M/7), com sede em Guarulhos; ao 17º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, com sede em Mogi das Cruzes; ao 32º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, com sede no município de Suzano; ao 35º Batalhão de Policia Militar Metropolitano, com sede no município de Itaquaquecetuba e, finalmente, no Comando de Policiamento de Área Metropolitano da Região 12 (CPA-M/12), com sede em Mogi das Cruzes.
MN: Qual o trabalho que desempenhou nas unidades pelas quais passou?
Kamiyama: No ano de 2005, após a promoção ao posto de capitão, fui designado para servir, por meio do 35º Batalhão, o município de Itaquaquecetuba, vindo a inaugurar as novas instalações da 1ª Cia de policiamento territorial, localizada no bairro Monte Belo, permanecendo até o ano de 2009. Lá, exerci as funções de comandante de companhia territorial e comandante de companhia Força Tática. Imbuído da missão de auxiliar na implantação do processo de gestão pela qualidade, no ano de 2009, passei a labutar no CPA/M-12, onde também exerci as funções de chefe do setor de Comunicação Social e porta-voz do comando. Após a certificação, em grau bronze, do Prêmio Policia Militar pela qualidade, no ano de 2010, fui designado para servir, por meio do 32º Batalhão da PM, aos municípios de Suzano, Poá e Ferraz de Vasconcelos, onde, além das tratativas institucionais junto às administrações municipais, determinadas pelo comando da unidade, exerci diversas funções, destacando-se a de chefe do setor de Comunicação Social, porta-voz da unidade e oficial de ligação do Programa de Prevenção às Drogas e à violência (Proerd).
MN: E em relação às suas promoções?
Kamiyama: Com a promoção ao posto de major, que se deu no final do ano de 2012, cumprindo missões especificas ditadas pelo Comando Regional, exerci funções no 32º Batalhão até o ano de 2014 e, após, no 35º Batalhão até agosto deste ano, quando fui promovido ao posto de tenente-coronel. No primeiro, exerci as funções de coordenador operacional, subcomandante de batalhão e comandante interino de batalhão. No segundo, as funções de subcomandante de batalhão e comandante interino de batalhão. Já, como tenente-coronel, a partir do mês de agosto deste ano, por incumbência do comandante do CPA/M-12, passei a exercer a função de Chefe do Estado Maior até 30 de novembro.
MN: E como surgiu a oportunidade de comandar o 17º Batalhão?
Kamiyama: Devido ao inicio dos afastamentos do tenente-coronel Rangel para aposentadoria, fui designado, pelo comandante do CPA/M-12 (tenente-coronel Mauro Lopes), para assumir o comando do 17º e, dessa forma, após 11 anos, voltar a servir diretamente aos municípios de Mogi, Guararema, Biritiba e Salesópolis. 
MN: E sobre seus planos frente à unidade?
Kamiyama: Resumo minhas metas e desafios com duas palavras conhecidas no processo de gestão pela qualidade: a continuidade e o aperfeiçoamento. Tendo a missão da instituição Policia Militar do Estado de São Paulo como elemento condutor das ações dos profissionais de polícia na região, sendo eles o de proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública, buscarei dar continuidade aos bons trabalhos já desenvolvidos pelos oficiais comandantes e toda a força de trabalho da unidade, até então conduzidos pelo tenente-coronel Eduardo Rangel, discutindo novas posturas e definindo novas ações na busca do constante aperfeiçoamento. 
MN: E em relação às parcerias entre os setores de segurança pública?
Kamiyama: Gestões importantes já são realizadas no sentido de alinhamento nas ações das instituições e órgãos pertencente ao que denomino “forças de segurança”, sendo compostas pela Policia Militar, Policia Civil e Secretaria Municipal de Segurança Pública, essa por meio da Guarda Civil Municipal. Como produto dessa importante parceria, recentemente, tivemos a assinatura do Plano de Segurança Municipal, produto de um trabalho de iniciativa do Ministério Público Estadual que, agregando esforços de várias instituições e órgãos do Estado e do município, definiram posturas comuns na busca da redução de diversos crimes, que impactam diretamente a família e a sociedade, dentre eles o tráfico de entorpecente, violência entre os jovens, violência na família, violência nas escolas e comércio e consumo ilegal de álcool e drogas. Medidas como essas, agregadas à ações policiais de prevenção e repressão, são de fundamental importância e convergem numa redução aos crimes de homicídio.
MN: E de que maneira a polícia tem conduzido o enfrentamento ao crime, cada vez mais ousado?
Kamiyama: A polícia busca a capacitação de seu efetivo, bem como o aperfeiçoamento de ferramentas tecnológicas e equipamentos bélicos. De fundamental importância é o trabalho dos setores de inteligência das polícias, pois, antecipando a execução do crime, desarticula a quadrilha, apreende armamentos pesados e, dessa forma, evita confrontos que, por vezes, apresenta resultados trágicos. A gestão do policiamento esta alicerçada em três princípios, sendo: Polícia Comunitária, Direitos Humanos e Gestão pela Qualidade. É por meio da primeira, que representa uma filosofia institucional, a Polícia Militar busca, por seus membros, a aproximação necessária com a comunidade, razão da nossa existência. Isso explica as atuações já desenvolvidas pela unidade, quando na participação nos conselhos municipais e estaduais de Segurança; em reuniões com representantes da área rural e na condução de eventos e programas de cunho social, tais como o Proerd e atividades em bairros de evidente vulnerabilidade.

Fonte:Fonte:MogiNews