quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

GCM: Ronda Maria da Penha realiza cerca de mil visitas em Itaquá

Atualmente, 78 mulheres vítimas de violência são atendidas; Marengo e Maragogipe somam maioria dos casos
Foto: Antonio Márcio/AIPMI


Atendimentos são feitos por uma equipe de seis agentes da GCM que passaram por capacitação e treinamento
Em funcionamento desde o início do ano, a Ronda Maria da Penha de Itaquaquecetuba já realizou quase mil visitas a mulheres em situação de violência doméstica e com medidas protetivas contra o seu agressor. O balanço foi divulgado pelas Secretarias de Políticas para Mulheres e de Segurança Pública, que respondem pelo comando do projeto.
Atualmente, 78 mulheres na cidade são atendidas pela Ronda Maria da Penha. Os atendimentos são feitos por uma equipe de seis agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), sendo três por plantão. "Para realizar as rondas, todos os profissionais passaram por capacitação e treinamentos", garante o secretário de Segurança, Alexandre Siqueira.
De acordo com o prefeito Mamoru Nakashima (PSDB), a finalidade do projeto é a busca pelo fortalecimento das redes de prevenção à violência doméstica e o enfrentamento às violências que compõem a realidade do município, implementando a fiscalização e acompanhamento das medidas protetivas.
Baseado no número de mulheres atendidas, a prefeitura divulgou um levantamento que aponta que a maior parte dos casos de violência foi registrada no Parque Marengo e no Jardim Maragogipe. Na sequência estão Jardim São Paulo, Jardim Itaquá, Jardim Joseli e Pequeno Coração. Na lista também aparecem casos do Aracaré, Vila Bartira, Vila Ercília, Califórnia, Jardim Luciana, Parque Piratininga, Jardim Carolina, Vila Celeste e Jardim Paineira.
Dados da Secretaria de Políticas para Mulheres e da Secretaria de Segurança Pública apontam que a faixa etária predominante entre os agressores dessas vítimas está entre 31 e 40 anos, apesar de haver casos envolvendo homens de 21 a 75 anos.
Segundo a secretária de Políticas para Mulheres, Fabiana da Costa, muitos agressores alegam ter cometido o crime sob a influência de álcool e drogas (17%). Do outro lado, muitos assumem não aceitar a separação (18%).
O levantamento mostra ainda, que 32% das agressões são cometidas por ex-companheiros, 28% por companheiros, 13% pelos próprios maridos, 12% algum envolvimento amoroso, 8% pelo ex-marido, 6% pelos filhos e 1% pelo genro.
Com objetivo de coibir a violência contra a mulher em Itaquaquecetuba, a gestão municipal vem estudando a ampliação do trabalho da Ronda Maria da Penha e outras ações preventivas de combate à violência doméstica, por meio de palestras, rodas de conversa, orientações sobre o tema e os serviços de proteção.
Além disso, o município conta com a Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica. O grupo tem como foco de trabalho a realização de ações preventivas como palestras e seminários na cidade envolvendo o tema "Violência Doméstica". O trabalho inclui ainda a integração dos serviços que prestam atendimento a mulher em situação de violência.

Fonte:Mogi News