quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

DESTAQUE: Mulher afirma ter sido vítima de ‘homem com seringa’, em Mogi

7 de dezembro de 2016  DESTAQUE  

 Agulha perfurou o braço da enfermeira. (Foto: Arquivo Pessoal)
Agulha perfurou o braço da enfermeira. (Foto: Arquivo Pessoal)

NATAN LIRA
Uma enfermeira, de 44 anos, que preferiu não se identificar, diz ter sido vítima de uma picada de seringa no Terminal Central, em Mogi das Cruzes, no final da tarde de anteontem. Ela explica que foi ferida enquanto atravessava o terminal para entrar no ônibus. “Um homem esbarrou em mim e então eu senti uma furada no braço, mas não me toquei no momento. Em seguida, eu vi que estava sangrando. Olhei para trás e o homem guardava o objeto no bolso”, conta.

Após perceber o ferimento, segundo a enfermeira, ficou sem saber o que fazer. “Eu só consegui ver a pessoa de costas, não pensei nem em pedir ajuda”. Ela então seguiu para o Hospital Luzia de Pinho Melo, onde foi orientada a realizar um registro policial do caso e se dirigir ao Centro de Testagem e Aconselhamento do Programa Municipal de DST/Aids (CTA/SAE) de Mogi.


Ao sair do hospital, a vítima foi ao 1º DP de Mogi, onde registrou um boletim de ocorrência por perigo de contágio de moléstia grave e lesão corporal. A polícia ainda requisitou o exame de corpo de delito, realizado ontem no Instituto Médico Legal (IML).

Também ontem, a vítima foi ao CTA para fazer os testes rápidos de hepatite e DSTs. Segundo ela, o resultado foi negativo para as duas amostragens, mesmo assim precisará fazer o tratamento com antiviral, durante 28 dias. “Eu vou começar a tomar o medicamento hoje (ontem) à noite, porque os efeitos colaterais são muito fortes. Em 11 de janeiro eu retorno ao CTA para refazer os exames. É uma situação difícil porque os remédios não impedem a contaminação, apenas reduzem a força do vírus, caso eu tenha sido contaminada”, pontua.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta as pessoas que suspeitam terem sido vítimas em casos iguais a esse procurem o pronto atendimento mais próximo. “A vítima procurou o CTA. Ela foi atendida pela médica do programa, iniciada a PEP (Profilaxia Pós Exposição) e realizado testes rápidos para HIV e outras doenças”, informou a pasta.

Já a Secretaria Municipal de Segurança ressaltou que o Terminal Central conta com uma equipe da Guarda Municipal que faz a segurança do local. “O fato em questão não havia chegado ao conhecimento da corporação e, frente à informação, os profissionais já foram orientados a ficar atentos a este tipo de comportamento”, disse a Secretaria.

Além disso, a pasta também orientou aos passageiros que procurem a equipe da Guarda Municipal presente no Terminal ou que façam a denúncia pelo telefone 153, da Ciemp, ou 190, da Polícia Militar, para que medidas imediatas possam ser adotadas.

Fonte:O Diário de Mogi