sábado, 27 de abril de 2013

Falsidade ideológica Falso pediatra é preso em hospital de Mogi


Falsidade ideológica
Falso pediatra é preso em hospital de Mogi
O médico fajuto atuava como pediatra no hospital Mogi D´or usando o nome e CRM de outro médico, que é especialista em medicina do trabalho
Claudia Irente
Da Reportagem Local
Mayara de Paula

Objetos apreendidos com o falso médico incluem jaleco, receituário e estetoscópio
Marcel Carlos Nery, de 45 anos, acusado de ser falso médico, foi preso em flagrante, ontem, enquanto prestava atendimento a uma criança no hospital Mogi D´or, na rua Marechal Deodoro, no centro de Mogi das Cruzes. Ele seria, conforme informações, contratado como "freelancer" por uma empresa terceirizada - que presta serviços para o hospital - para substituir os médicos que faltassem e estaria no Mogi D´or já há alguns meses atuando como pediatra.

O cabo Francisco e a soldado Fonseca abordaram Nery, depois de serem chamados por Alan Luchiari, advogado do médico verdadeiro, Marcel Deligi, cuja especialidade é medicina do trabalho.

Luchiari afirmou que tudo começou em março do ano passado, quando soube que seu cliente, que mora e sempre clinicou em São Paulo, havia sido intimado para responder a um registro feito em uma delegacia de Mongaguá, sobre uma ofensa a uma enfermeira de um hospital da cidade. "Achamos estranho, porque ele nunca trabalhou lá. Então ele informou à polícia local que alguém estaria usando o nome dele. Tempos depois, chegou uma intimação do Conselho Regional de Medicina (CRM) para que ele respondesse a uma sindicância de um procedimento feito no Mogi D´or. Foi aí que fui para lá hoje (ontem) e constatei que ele estava atendendo e acionei a Polícia Militar", disse o advogado.

Até as 21h30 de ontem, o delegado Eduardo Peretti e sua equipe - composta pelo escrivão Felipe e o investigador Sidnei - atuavam na elaboração do flagrante que, a princípio, seria por "Exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, falsificação de documento público e uso de documento falso". A vítima também iria fazer o reconhecimento do acusado, para ver se já o conhecia ou não.

Alguns objetos, que estavam com Nery, também foram apreendidos, como jalecos, estetoscópios, uma receita médica carimbada com o nome do verdadeiro médico e outros apetrechos.

O acusado, bem como seus advogados, não quiseram conversar com a imprensa e os responsáveis pelo Mogi D´or ficaram de dar retorno.

Fonte: Mogi News