terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Vereadores apostam em consenso


Vereadores apostam em consenso
TER, 29 DE JANEIRO DE 2013 00:00
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A reunião de hoje pode ser decisiva para acabar com o clima tenso que se estabeleceu entre os vereadores desde a posse dos eleitos / Foto Arquivo


A reunião que acontece hoje (29), às 10 horas, na Câmara Municipal, pode ser decisiva para acabar com o clima tenso que se estabeleceu entre os vereadores desde a posse dos eleitos, no início do ano, em função do processo de escolha da mesa diretiva da Casa para 2013. A maioria deles aposta em um consenso para a formação das comissões permanentes do Legislativo, que serão desmembradas nos próximos meses. Mas, apesar do clima de otimismo, não está descartada a possibilidade de um novo racha entre alguns parlamentares que não abrem mão de participar de pastas, que já foram praticamente definidas pelo acordo entre um grupo de novatos, chamado de G-7, que apoiou o presidente reeleito, Rubens Benedito Fernandes (PR), o Bibo.

O presidente aposta que o encontro será uma oportunidade para se promover a união entre todos. “Acredito que ninguém vai entrar em atrito desnecessário. Acho que vai prevalecer o bom senso, para que todos tenham chance de participar”, destacou, explicando que tem de ser respeitado o ramo de atuação de cada um deles.

Além disso, Bibo também já adiantou que logo na primeira sessão vai instalar uma comissão especial para estudar as mudanças na legislação da Casa, com a proposta de desmembramento de algumas delas, que podem passar de 12, incluindo a Comissão de Ética, para até 20, em função do aumento do número de cadeiras na Casa, que foi de 16 para 23. As normas regimentais determinam que sejam formadas, logo na primeira sessão, as comissões existentes. A intenção é dividir algumas que englobam vários setores como é o caso de Indústria, Comércio, Agricultura e Relações do Trabalho. “Vamos fazer a nomeação agora para cumprir o regimento, mas nas próximas semanas já faremos a divisão, permitindo que todos participem”, alega.

Este argumento, no entanto, não acaba com o problema, já que alguns membros do G-7 não abrem mão de participar de algumas consideradas mais importantes, como é o caso de Finanças e Orçamento, e Justiça e Redação. A composição das comissões foi definida em acordo feito para eleição do presidente em troca do apoio do G7, formado pelos vereadores Clodoaldo Aparecido de Moraes (PT), Iduigues Ferreira Martins (PT), Caio Cunha (PV), Marcos Furlan (PV), Ana Karina Pirillo (PCdoB), Jean Lopes (PCdoB) e Carlos Lucareski.

Dessa forma não sobrarão muitas opções para que os demais parlamentares integrem o processo. Para isso, o G7 e o grupo de apoio do presidente vão ter de abrir mão de algumas, o que deve gerar insatisfação. O vereador Clodoaldo, por exemplo, mesmo defendendo um acordo entre todos, pretende manter a indicação do nome dele em Finanças e Orçamento, Transportes e Segurança e Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae).

“Não tenho a fórmula para resolver o problema, mas acho possível construir um consenso, apesar de continuar firme na minha posição”. Da mesma forma, Martins, outro integrante da bancada do PT, também pretende manter sua indicação em Justiça e Redação, Indústria, Comércio, Agricultura e Relações de Trabalho, e ainda Pessoa com Deficiência porque “são as que mais me interessam pela minha área de atuação”.

Os nomes dos seis integrantes do grupo de apoio ao vereador Mauro Araújo (PMDB), opositor de Bibo nas eleições, são os que não constam na relação de nenhuma comissão. Entre eles estão os mais experientes da Casa, como é o caso de Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra; Olímpio Tomiyama (PSC), Protássio Ribeiro Nogueira (PSD), Carlos Evaristo da Silva (PSD) e Roberto Valença (PRB). Apesar de apoiarem o presidente, os nomes de Antônio Lino (PSD), Juliano Abe (PSD) e Benedito Faustino Taubaté Guimarães (PMDB) também não foram citados.

O grupo dos seis, que também confirmou presença no encontro de hoje, afirma que vai colocar seus nomes à disposição, mas tenta amenizar a questão dizendo que nenhum deles vai brigar para que seus nomes sejam incluídos.“Um vereador não precisa estar em uma comissão para fazer um trabalho. Ele pode atuar em todas como representante da população. Posso ter uma atuação independente, ter mais tempo para trabalhar e conhecer ainda mais a Cidade”, concluiu Araújo. (Silvia Chimello)

Fonte:O Diário de Mogi