terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chefe militar do Egito alerta sobre colapso


Chefe militar do Egito alerta sobre colapso
TER, 29 DE JANEIRO DE 2013 10:45
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Chefe militar do Egito, Abdel Fattah al Sisi, alertou sobre o risco do país entrar em colapso / Foto Divulgação


O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Egito, Abdel Fattah al Sisi, advertiu hoje (29) sobre o risco de colapso no país devido aos protestos violentos da oposição. Desde a última sexta, mais de 60 pessoas morreram.

Os protestos acontecem em meio aos dois anos de lembrança da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, e dias após o veredicto que condenou à morte 21 envolvidos no massacre durante um jogo de futebol em Port Said, que deixou 74 mortos em fevereiro de 2012.

Devido à violência dos protestos, o presidente Mohamed Mursi decretou no domingo toque de recolher em três cidades do país e pediu ao Parlamento que autorizasse o uso do Exército na segurança pública, o que foi aprovado pelo Legislativo ontem.

Em mensagem na página do Exército na rede social Facebook, o comandante militar disse que os desafios econômicos, políticos e sociais que o Egito enfrenta representam "uma verdadeira ameaça à segurança do Egito e à coesão do Estado egípcio".

"A continuação do conflito entre as diferentes forças políticas e suas diferenças em relação ao comando do país podem levar ao colapso do Estado e ameaçam gerações futuras. A continuação desse cenário sem ser resolvido conduzirá a consequências graves que influenciarão a estabilidade".

Considerando esse cenário, Sisi defendeu que as Forças Armadas continuem a controlar o país e sejam "o bloco coeso e sólido" em que o Estado repousa. Ele também apoiou o toque de recolher em Suez, Port Said e Ismailia, que, para o chefe militar, são cidades estratégicas.

No entanto, ele reconheceu que os militares enfrentam o dilema de não poder interferir no direito de livre manifestação dos cidadãos, mas precisam proteger locais cruciais que afetam à segurança nacional. Por isso, ele pediu que as manifestações da oposição sejam pacíficas.

Autorização

Ontem, o Parlamento do Egito autorizou que as Forças Armadas se juntem à polícia para controlar os protestos no país. De acordo com a nova lei, as forças armadas podem prender civis e encaminhar as queixas para o Ministério Público para que sejam julgadas por tribunais civis. (Folhapress)

Fonte:O Diário de Mogi