terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Espanha não deve cumprir a meta


Espanha não deve cumprir a meta
TER, 22 DE JANEIRO DE 2013 10:52
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União Europeia diz que Espanha não deverá cumprir meta do deficit público / Foto Divulgação


A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) declarou hoje (22) que a Espanha não deverá cumprir a meta do deficit público para 2012, que era chegar ao máximo de 6,3% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os números deverão ser confirmados nas próximas semanas, quando Madri divulgar os números finais do balanço da arrecadação e dos gastos do governo. A economia de recursos é um dos passos exigidos pelo BCE (Banco Central Europeu) para recuperar os países em crise.

Caso confirmado o descumprimento da meta, aumentam os riscos de o governo de Mariano Rajoy pedir um resgate financeiro e ser o primeiro Estado da zona do euro a usar a troca de títulos da dívida pública proposta pelo BCE.

Em relatório, a Comissão Europeia diz que a consolidação fiscal no país avançou no terceiro trimestre, mas não foi suficiente para mudar o resultado do deficit. Ainda foram elogiadas as iniciativas para conter os gastos nas comunidades autônomas, em que a dívida chegou a 12 bilhões de euros no primeiro trimestre.

A meta fixada pelo BCE para a Espanha foi de 6,3% do PIB, enquanto as comunidades autônomas deveriam manter 1,5% de todas as riquezas produzidas. No entanto, o resultado dos três primeiros trimestres foi de 8,3%, influenciado especialmente pelo resgate concedido aos bancos do país.

No ano passado, a economia nos gastos do governo já havia estourado a meta e o deficit fechou em 8,9% do PIB. A intenção inicial da União Europeia era que o país chegasse a 4,5% do PIB em 2013 e 3% em 2014, mas essas metas deverão ser revisadas.

Bancos

Em seu segundo relatório após o resgate financeiro aos bancos, em dezembro, a Comissão Europeia disse ainda que as instituições do país ainda correm riscos significativos, apesar das melhoras conseguidas após o saneamento do setor.

Nesse relatório, a CE informou que os bancos espanhóis enfrentam problemas como as "difíceis" condições de financiamento que têm nos mercados, apesar das recentes melhoras.

Por outro lado, ressalta que a reestruturação permitiu o saneamento das balanças de pagamentos dos bancos, o que diminui a exposição das instituições ao capital especulativo.

Uma nova missão conjunta da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu viajará a Madri no final deste mês para analisar "in loco" a reestruturação e manter contatos com as autoridades espanholas, antes da divulgação da segunda análise sobre o avanço da reestruturação bancária. (Folhapress)

Fonte:O Diário de Mogi