terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Crack: dois tiveram internação voluntária


Crack: dois tiveram internação voluntária



Usuários de crack são levados por membros da Missão Belém, instituição conveniada com o governo de São Paulo e que promove a acolhida voluntária dos dependentes nas ruas da cidade / Foto Divulgação Marcelo Camargo - ABr

Duas pessoas foram internadas voluntariamente no primeiro dia de plantão Judiciário na cracolândia.

Conforme o juiz Samuel Karasin, os dois dependentes químicos compareceram ao Cratod (Centro de Referência em Tratamento de Álcool e outras Drogas), no Bom Retiro (região central de SP), e pediram para serem internadas.

Até o início da tarde de hoje, quando encerrou-se o plantão, nenhuma pessoa havia sido internada compulsoriamente ou involuntariamente.

O plantão foi criado pelo Estado e pelo Judiciário para agilizar o atendimento aos dependentes químicos, principalmente de crack, que consomem a droga pelas ruas da região central da cidade.

 Protesto

Um protesto organizado por meio de um fórum no Facebook acontecerá hoje em frente ao Cratod.

Entre os apoiadores da manifestação está padre Julio Lancelloti, defensor dos direitos dos moradores de rua. Ele questiona se há capacidade para atender todos.

O padre se reuniu com entidades de atendimento a viciados durante a semana, disse que o temor de todos é o mesmo. "O que a gente prevê no dia 21 é um número muito grande de mães querendo a internação involuntária dos filhos", disse.

Na involuntária, um parente vai a um centro de atendimento e pede a internação. Um promotor tem 72 horas para analisar o caso, sem a necessidade de juiz. É diferente da compulsória, que depende do aval de médicos e que passará pelo magistrado, mesmo sem aval da família.

 Internação

A reportagem esteve nos últimos dias no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do Estado), no Bom Retiro, onde haverá um juiz, um promotor e um integrante da OAB para definir a necessidade de internação.

Ouviu de funcionários que, durante a semana passada, muitos parentes de viciados em crack entraram em contato. "Eles telefonaram para saber quando o juiz vai estar aqui. Só hoje [anteontem] foram cinco telefonemas", disse um funcionário à reportagem.

O governo estadual diz que tem capacidade para atender a demanda e que há cerca de 700 leitos no Estado para isso. O viciado pode, por exemplo, ser levado para ser internado em outro Estado. (Folhapress)

Fonte:O Diário de Mogi