quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Apeoesp aciona Justiça do Trabalho para intervir em salários atrasados



Apeoesp aciona Justiça do Trabalho para intervir em salários atrasados
Diário de Suzano ed.: 9361 - 15 de novembro de 2012

A Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) acionou nesta semana a Justiça do Trabalho solicitando que tome providências com relação aos atrasos dos salários dos professores da rede municipal de Ferraz de Vasconcelos. A cidade teria aproximadamente 1,5 mil professores na rede municipal de Ensino, conforme levantamento da associação.
As afirmações são da coordenadora da subsede Poá-Ferraz da Apeoesp, Jucineia Benedita dos Santos. Muitos dos servidores ainda não teriam recebido os vencimentos. O prazo máximo previsto em lei para que os salários sejam repassados vence no quinto dia útil de cada mês. No caso de novembro, ele foi até o dia 8. 
Por conta do problema, ontem o sindicato promoveu, com aproximadamente 300 educadores e outros funcionários da Prefeitura, uma manifestação na futura Praça dos Trabalhadores, no Centro. Além de apitaço e usando nariz de palhaço, os trabalhadores clamavam por ajuda por meio de cartazes e dizeres. "Pode escrever aí, "os professores estão pedindo socorro, socorro"", destacou uma professora, que preferiu não se identificar.
Conforme atentou a coordenadora do sindicato dos professores, os educadores e outros funcionários estariam com medo. O motivo é de que o prefeito Jorge Abissamra (PSB) os teria ameaçado de exoneração. "O prefeito mandou um recado, dizendo que quem estivesse aqui seria demitido, exonerado", disse, explicando o motivo dos professores não quererem se identificar. 
Jucineia frisou ainda que a situação em Ferraz não é recente. Segundo ela, desde meados do primeiro mandato de Abissamra (2005-2008) os atrasos passaram a ser constantes. "No início atrasava de vez em quando. Aí foi aumentando. Agora, além dos salários muita gente nem recebe vale-transporte e mesmo assim os valores são descontados".
Os vencimentos dos professores e outros funcionários seriam pagos por etapas também. "O primeiro (pagamento) é feito no dia 30 para alguns, enquanto que para outros vai sendo diluído no mês. Teve uma professora de creche que já me relatou que não recebe há três meses", frisou. "A gente só tem a lamentar que uma pessoa dessa (Abissamra) tenha esse tipo de postura", finalizou.


Fonte:O Diário de Suzano