De acordo com diretor da unidade mogiana, novos casos de câncer serão encaminhados para o Icesp, em São Paulo, por tempo indeterminado
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Osvaldo Birke
Vieira mostra a sala destinada às sessões de quimioterapia e informa haverá mais melhorias no local
O Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo recebeu ontem os primeiros 30 pacientes com câncer em tratamento de quimioterapia transferidos do Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaías, descredenciado do Sistema Único de Saúde (SUS) após denúncias de irregularidades. Mas o anúncio não é muito animador. Apenas 78 pacientes em tratamento de quimioterapia serão tratados em Mogi das Cruzes, isto porque já haviam iniciado o atendimento pelo SUS através do convênio com o hospital particular. Isto significa que, por tempo indeterminado, novos casos de câncer diagnosticados na região serão transferidos para o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp), contrariando o que havia sido prometido pelo governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri.
Segundo o médico Luiz Carlos Vieira, diretor clínico da unidade, até sexta-feira, outros 48 pacientes de quimioterapia passam por consulta e sessão. Segundo o médico, 36 pacientes recebem quimioterapia por tratamento venoso e outros 42 por via oral: "Neste primeiro momento estamos conhecendo estes pacientes e fazendo os prontuários para dar prosseguimento e o acompanhamento correto no tratamento."
Só a partir do dia 7 de maio, passam a ser atendidos os pacientes em tratamento hormonal, que vão até a unidade hospitalar, retiram os medicamentos, mas podem administrá-los em casa.
Novos casos
Apesar de manter o tratamento em Mogi, a Secretaria de Estado não deverá atender novos casos de câncer. A lista de pacientes em quimioterapia tem apenas 78 nomes, de pessoas que já haviam iniciado o tratamento no Hospital do Câncer. A direção do Luzia de Pinho Melo colocou à disposição da população o telefone (11) 3583-2876 para esclarecer dúvidas e fazer os agendamentos.
"O paciente liga para cá, mas se o nome dele não estiver na lista enviada pela Secretaria de Saúde do Estado, ele não será atendido nesta unidade", disse o diretor, que não falou em que prazo novos casos passarão a ser atendidos.
A equipe do setor oncológico do Luzia de Pinho Melo é composta por cinco médicos e será coordenado pelo oncologista Marcelo Aisen. A sala onde a sessão de quimioterapia é realizada conta com seis poltronas, mas, segundo o diretor, o espaço será melhorado em duas semanas.
Fonte:Mogi News
