MARA FLÔRESCerca de 30 pessoas, em tratamento de quimioterapia, foram atendidos no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo ontem, primeiro dia de funcionamento dos novos serviços oncológicos. A previsão é de que até o final do mês seja concluída a transição para a unidade estadual de todos os pacientes do Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaías Rodrigues", em processo de descredenciamento do Serviço Único de Saúde (SUS). A princípio, 700 doentes serão absorvidos pelo Luzia, habilitado hoje para emergências, cirurgias, quimioterapia e tratamento ambulatorial.
A transferência tem sido comunicada aos pacientes do Hospital Dr. Flávio Isaías através de telegramas enviados pela Secretaria de Estado da Saúde. Uma linha de telefone também foi disponibilizada no Luzia para o esclarecimento de dúvidas e agendamento de consultas dos novos pacientes: 3583-2876, de segunda a sexta-feira, das 8 às 16 horas.
De acordo com o diretor clínico do Luzia de Pinho Melo, Luiz Carlos Viana, somente na segunda-feira 56 ligações foram atendidas na linha da oncologia e ontem, até o meio-dia, outras 20. "Estamos numa fase de transição e é importante tranquilizar os pacientes de que os tratamentos terão continuidade e que o hospital está preparado para atendê-los. Temos médicos, medicamentos e estrutura física e, se não tivermos nenhum percalço, vamos fazer toda essa transição o quanto antes para que os pacientes se sintam seguros", ressaltou o médico.
Segundo ele, alguns pacientes da quimioterapia agendados para ontem não compareceram e a equipe de oncologia entrará em contato para saber as razões das faltas. Ainda assim, outros 30 passaram por avaliação médica e tiveram os tratamentos prescritos . "Hoje temos mais 30 agendados. O atendimento prioritário é o da quimioterapia. Conforme as prescrições são feitas, as sessões de quimioterapia são marcadas", informou o diretor.
Além dos pacientes da quimioterapia – o levantamento inicial aponta para 78 pessoas -, o Luzia de Pinho Melo iniciou ontem o agendamento das consultas dos pacientes de hormonioterapia, que são aqueles que necessitam de acompanhamento ambulatorial e fazem uso de medicações em casa. Esses doentes representam a maioria – 600.
No caso dos pacientes que necessitam de radioterapia, o atendimento será feito no Hospital Dr. Flávio e em outras unidades de referência do Estado. A previsão é de que esse tipo de tratamento seja disponibilizado no Luzia de Pinho Melo somente no final deste ano ou começo de 2013. "Mas são poucos os pacientes que necessitam desse tipo de tratamento", ressaltou o diretor.
Fonte:O Diário de Mogi
