domingo, 29 de abril de 2012

Interditada Rachaduras condenam residência


A proprietária entrou com uma ação na Justiça para resolver o problema do imóvel que comprou em 2007
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Mayara de Paula

Raquel: casa começou a apresentar afundamento e rachaduras logo depois ter sido comprada
"Às vezes, o sonho da casa própria se transforma em pesadelo", desabafou a dona de casa Raquel Ledo dos Santos, de 33 anos. Ela comprou uma casa na rua Dimas Silva Rocha, no Mogi Moderno, em 2007 e, desde então, vem enfrentando uma série de transtornos. A casa que mora com os dois filhos e o marido está condenada a ruir a qualquer momento. Parte dela, inclusive, já foi interditada pela Defesa Civil, mas a família continua a viver no local.


Raquel explica que o problema começou quando eles adquiriram a casa em outubro de 2007. Ela contou que depois de comprar o imóvel, decidiu colocar piso no quintal. "Quando nos mudamos, em abril de 2008, o chão estava afundado, por isso, chamei o construtor para ver qual era o problema. Ele arrumou e garantiu que a situação não iria se repetir. Mas não foi o que ocorreu. O piso afundou três vezes e, na última vez, ele falou que o problema não era mais dele", disse.


Nos quatro anos em que a família vive no local, o problema só tem aumentado. O quintal, que agora não tem mais revestimento, há uma série de rachaduras e afundamentos que se espalham por toda a extensão. A estrutura do muro foi afetada também e a dona de casa teme pela segurança dos filhos. "Há um ano entrei em contato com a Defesa Civil e a equipe me disse que se eu tivesse amor pelos meus filhos, era melhor me mudar dessa casa. Por causa dessa situação, meus filhos não podem brincar no quintal", informou. O quarto que Raquel dorme com o marido é a parte mais afetada da residência já que fica próxima ao quintal e tem muitas rachaduras. 
Raquel disse que o imóvel foi financiado pela Caixa Econômica Federal e que tentou entrar em contato para que alguma ação pudesse ser tomada. "Eles mandaram um engenheiro para ver o caso e disseram que tínhamos 15 dias para resolver a situação, mas nada foi resolvido", acrescentou. Ela afirmou que tentou entrar amigavelmente em contato com a construtora e com a imobiliária que vendeu a casa, mas que não conseguiu nenhuma solução.


A família que investiu R$ 85 mil na residência entrou com um pedido na Justiça para conseguir reaver o dinheiro ou conseguir uma casa nova. 
"O problema é que a juíza quer que encontremos o dono da construtora, mas ele sumiu", ressaltou. O advogado da família, Tiago Alan Dias, informou que a construtora saiu do endereço sem comunicar a Junta Comercial. "Entramos com uma ação cautelar para pedir reparação da imobiliária e da construtora. Mas a juíza quer ouvir os réus e não encontramos os responsáveis pela construtora".


Raquel está pedindo também uma indenização por danos morais, porque segundo ela, problemas de saúde foram adquiridos em decorrência da situação. "Não consigo dormir direito. Tenho muito medo de ficar no meu quarto quando está chovendo porque ele pode cair. Passei um ano dormindo no quarto dos meus filhos".


Fonte:Mogi News