sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

UTI Neonatal Provedor da Santa Casa vai recorrer para evitar multa


Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Provedoria elabora um relatório técnico em defesa da Santa Casa para evitar aplicação de multa
A provedoria da Santa Casa de Mogi das Cruzes já está elaborando o relatório técnico em defesa da unidade que será entregue a Vigilância Sanitária Estadual dentro de oito dias. Com o documento, a diretoria pretende evitar a aplicação de uma multa notificada pela vigilância após uma vistoria na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital, feita na semana passada. A fiscalização teve como objetivo apurar denúncias de proliferação de infecção hospitalar em três bebês internados na unidade.


Em entrevista por telefone, o provedor da unidade, Mário Calderaro informou que o documento já está sendo feito e deverá responder a todos os questionamentos feitos pela vigilância. Calderaro evitou, no entanto, dar detalhes da defesa. "Lembrando que não fomos multados, fomos apenas notificados e já estamos respondendo os questionamentos feitos, que a Imprensa já conhece", disse.


Na última quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde informou, em nota, que foram constatadas, durante a vistoria, várias irregularidades, tanto na conduta dos profissionais de saúde, como de problemas estruturais da unidade. 
"Em vistoria realizada na última segunda-feira, dia 2, foram constatadas diversas irregularidades com relação a uso de equipamentos com manutenção preventiva e corretiva vencida, falta de manutenção na área física, não cumprimento do manual de normas e rotinas da UTI neonatal, bem como pelo não cumprimento dos procedimentos operacionais padrão no que diz respeito à limpeza terminal e concorrente e não cumprimento integral do manual de higiene e limpeza integralmente", diz o documento assinado pelo grupo de Vigilância de Mogi, coordenado pela sanitarista Lana Spaolonzi.


Em entrevista ao Mogi News, Calderaro garantiu que está descartada a possibilidade de infecção hospitalar e que os três bebês infectados não foram acompanhados com exames de pré-natal com a frequência adequada durante a gestação. A Vigilância Sanitária vai encaminhar o relatório ao Ministério Público Estadual.


Fonte:Mogi News