Prefeito disse que não fará contingenciamento e que vai manter o uso de mais de R$ 1 bilhão previsto para o orçamento deste ano em projetos
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Bertaiolli: "A menos que ocorra alguma surpresa, vou manter e utilizar o orçamento previsto e tudo o que para ele havia sido planejado"
Embora os governos estadual e federal tenham adotado uma postura um pouco mais cautelosa e conservadora neste início de 2012, anunciando o contingenciamento de parte do orçamento em alguns setores por causa da crise econômica mundial, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) vai seguir na contramão e manter os investimentos previstos para o ano.
Em entrevista exclusiva ao Mogi News, o chefe do Executivo mogiano confirmou ontem a utilização do orçamento de R$ 1,096 bilhão previsto para 2012.
"Temos muitas obras em andamento e também muitos projetos em fase de implantação que não têm como parar", justificou. Na avaliação dele, Mogi passa, no momento, por uma situação econômica confortável e estável. "Muitas empresas estão se instalado na cidade, há muitas obras em andamento, o que indica que a arrecadação dos tributos não deve ser afetada, pelo contrário. Além disso, muitas das obras de parceria com os governos estadual e federal que estão em andamento ou por começar já estão os recursos mais que garantidos", afirmou. "A menos que ocorra alguma surpresa, vou manter e utilizar o orçamento previsto e tudo o que para ele havia sido planejado", reforçou.
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, é que vão definir a "linha de corte" do Orçamento da União de R$ 2,225 trilhões. Estima-se que será em torno de R$ 90 bilhões, já que no ano passado foi de R$ 50 bilhões.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve na região ontem, também já anunciou a proposta de "congelar" parte do orçamento do Estado. "Vamos avaliar tudo isso. Mas sempre sou favorável, quando se começa o ano, a ter uma parte pequena (do orçamento) contingenciada, porque, se tiver algum problema econômico, uma incerteza econômica mundial ou alguma queda na arrecadação, quando chegar em dezembro, o leite já foi derramado, não tem conserto", disse o governador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no início da semana.
Segundo Alckmin, a medida é prudencial para ter uma "margem de segurança", caso ocorra uma arrecadação menor, e também para evitar problemas provocados pela crise econômica internacional. "É medida de boa gestão e de responsabilidade fiscal ter um pouco de cautela no começo (do ano) e, à medida que a arrecadação vai se concretizando, vai se liberando o contingenciamento", declarou.
Em janeiro de 2009, quando assumiu a Prefeitura, Marco Bertaiolli contingenciou cerca de R$ 160 milhões do orçamento, que na época era de R$ 543 milhões.
Fonte:Mogi News
