sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Delegado captura falsa médica



CRIME Rosimeire, que atendia na clínica, responderá por estelionato e exercício ilegal da profissão; documentos falsos foram apreendidos pelo delegado titular Jorge Luis Neves Esteves


LAÉRCIO RIBEIRO
No momento em que observava uma chapa de tomografia, em sua sala na Clínica Poá D’or, localizada na Rua Armando Sales de Oliveira, 158, no Centro de Suzano, Rosimeire Aparecida da Silva Viana, de 45 anos, foi presa, às 10h30 de ontem, pelos investigadores Batalhinha e Daniel, da Delegacia Central de Suzano. A falsa médica, segundo o delegado titular Jorge Luis Neves Esteves, foi autuada em flagrante por estelionato e exercício ilegal da profissão, estando sujeita, respectivamente, à pena de 1 a 9 anos de reclusão, e 6 meses a 2 anos de detenção.


"Ela já havia sido presa anteriormente pelos mesmos crimes em Santos e Santo André", disse o delegado Jorge Neves. Ele esclareceu que na noite de quarta-feira recebeu uma informação da direção da clínica, que suspeitava da então médica Rosemeire, que ali trabalhava há dois meses e chegou a ganhar R$ 44 mil, atendendo pacientes às terças-feiras, na clínica de Poá, e às quintas-feiras, em Suzano.


Aos policiais, Rosimeire, que disse ter a profissão de "prendas domésticas", esclareceu ser casada e morar em Santo André. No fim da tarde, a Polícia a removeu ao Presídio Feminino, em Poá.


Nas buscas, a equipe que teve o apoio do escrivão chefe Eduardo Manzolini Filho, encontrou carimbos e documentos falsos em nome de Rosimeire. "Na realidade, ela usava o registro CRM de uma médica de Guarulhos, que foi furtada e chegou a registrar ocorrência em sua Cidade", detalhou o titular de Suzano.


União


O delegado Jorge Neves ficou satisfeito com a prisão da falsa médica e enalteceu a ajuda da direção da clínica. "Desta forma, conseguimos agir com rapidez. Fomos avisados sobre a suspeita e logo prendemos a acusada, que representava um perigo social, pois quantos pacientes atendeu, dando receitas de remédios controlados. Ela se passava por uma neurologista. Ao ser presa, falou que era psicóloga, o que acredito ser mentira. A população tem que interagir com a Polícia Civil".


Fonte:O Diário de Mogi