Mapeamento agora levará em conta as demandas regionais em médio e longo prazo
Cristina Gomes
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Braga visitou redação dos jornais ontem; comandante da PM aposta em escola para soldados
Pela primeira vez na história, a Polícia Militar no Alto Tietê terá o seu planejamento estratégico regionalizado para os próximos dois anos. O Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPA/M-12) solicitou aos batalhões de sua abrangência (17º, de Mogi, 32º, de Suzano, e o 35º, de Itaquá) que iniciem o levantamento das necessidades das cidades e as metas a serem atingidas.
O levantamento estratégico da PM já é rotina em São Paulo, segundo o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, José Francisco Braga, que visitou ontem a redação dos jornais Mogi News e Diário do Alto Tietê (DAT) acompanhado de Ediel Braz Soares, da Polícia Científica. A diferença deste levantamento e outros é que o mapeamento agora levará em conta as demandas regionais em médio e longo prazo.
"Isso é muito importante porque toda a instituição precisa ter o seu planejamento e os planos a serem alcançados. O Comando de Policiamento Metropolitano já solicitou isso aos comandos regionais, que, por sua vez, pediram aos batalhões este levantamento". A partir de fevereiro, os três batalhões já começam a discutir com o CPA/M-12 as dificuldades regionais. No caso de Mogi, Braga evitou traçar um diagnóstico imediato.
Com a vinda de mais 29 policiais que passaram a compor o 17º Batalhão no fim de dezembro, a PM conseguiu implantar o projeto Bairro Mais Seguro, com o objetivo de aproximar a corporação da comunidade para combater roubos e furtos a residências. O projeto piloto começou a ser desenvolvido nos bairros Vila da Prata, Vila Oliveira, área central e Alto do Ipiranga, além dos distritos de Jundiapeba e Brás Cubas, e já traz resultados positivos. Os comandantes das companhias da PM se reúnem semanalmente e analisam o panorama sobre a situação dos bairros e os indicadores criminais: "Dependendo da situação, fazemos uma mudança no planejamento de policiamento, mas já percebemos uma melhoria", afirmou Braga.
Uma das metas do 17º Batalhão da PM é trabalhar de maneira cada vez mais integrada com a Polícia Civil, como já foi feito no ano passado com operações e bloqueios conjuntos nas entradas e saídas da cidade.
Escola
Sobre a falta de efetivo policial em Mogi, Braga, afirmou que o problema, uma das bandeiras do Mogi News, poderá ser atenuado quando as duas salas de aula para formar soldados estiverem prontas, na sede do 17º Batalhão. A Prefeitura de Mogi está concluindo o processo de licitação para definir a empresa que ficará responsável pela construção das novas salas de aula. Assim, Mogi poderá sediar a segunda fase do processo de formação de soldados. A primeira etapa unificada é em São Paulo, com ênfase na teoria.
Prática
A segunda fase envolve a parte prática e, durante este período de formação, Mogi teria o respaldo e o apoio destes policiais que estão se formando para reforçar o atendimento nas ruas. A escola teria a capacidade de formar até 60 novos policiais ao longo do ano: "Sempre recebemos o apoio irrestrito da Prefeitura e o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli ficou muito interessado quando disse a ele sobre esta possibilidade". Segundo Braga, também não está descartado que Mogi receba novo reforço policial nos próximos meses, mas sem prazo.
Fonte:Mogi News
