terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Santa Casa Provedor garante que problemas foram resolvidos

Mario Calderaro disse ontem que as irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária não existem mais
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Mayara de Paula

Mario Calderaro: "Ainda estamos em fase de finalização da resposta (elaboração da defesa)"
O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, Mario Calderaro, garantiu que os problemas apontados pela Vigilância Sanitária do Estado, durante a vistoria realizada em 2 de janeiro, já foram sanados.
Uma equipe do Setor de Controle de Doenças Infecciosas do órgão estadual foi até o hospital após o isolamento de três bebês que estavam com infecção bacteriana. O caso poderia ser rotineiro, caso a Santa Casa não tivesse um histórico negativo. Em 2009, um surto de infecção hospitalar provocou a morte de 11 bebês.


Dois dias depois da vistoria, os técnicos emitiram um auto de infração após constatar as seguintes irregularidades: uso de equipamentos com manutenção preventiva e corretiva vencida; falta de manutenção na área física; descumprimento do manual de normas e rotinas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal; descumprimento dos procedimentos operacionais padrões, no que diz respeito à limpeza terminal e concorrente; e não atendimento integral do manual de higiene e limpeza.


O hospital tem até o próximo dia 18 para apresentar a defesa. Em caso de indeferimento das justificativas, ela poderá ser multada. De acordo com a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pela Vigilância Sanitária, o relatório da vistoria será encaminhado nos próximos dias ao Ministério Público (MP) Estadual.


"Ainda estamos em fase de finalização da resposta, mas os problemas apontados são pontuais e já foram resolvidos", garantiu Calderaro.
Ele destacou que o documento será entregue antes da data-limite e revelou que dois bebês continuam no Setor do Isolamento. Segundo o provedor, a manutenção dos recém-nascidos neste setor é "um procedimento normal".
"Eles são prematuros e as mães não tiveram o acompanhamento correto no pré-natal", afirmou.




Cobrança
O secretário-adjunto de Saúde de Mogi, Marcello Delascio Cusatis, minimizou as irregularidades apontadas, mas garantiu "que cobrou a diretoria da Santa Casa após as autuações". "São processos administrativos que não foram cumpridos pela equipe da instituição, no entanto, infrações deste tipo não podem voltar a acontecer", criticou.


"Um episódio como esse coloca as conquistas que alcançamos em segundo plano e prejudica o hospital e a população. Sabemos que se trata de um caso isolado, mas que apaga o excelente trabalho e os resultados positivos que a Prefeitura tem desenvolvido em parceria com todos da Santa Casa", frisou.


Cusatis lembrou quem em breve terá início o projeto de ampliação do programa Mãe Mogiana.


Fonte:Mogi News