Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Mayara de Paula
Mario Calderaro: "Ainda estamos em fase de finalização da resposta (elaboração da defesa)"
O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, Mario Calderaro, garantiu que os problemas apontados pela Vigilância Sanitária do Estado, durante a vistoria realizada em 2 de janeiro, já foram sanados.
Uma equipe do Setor de Controle de Doenças Infecciosas do órgão estadual foi até o hospital após o isolamento de três bebês que estavam com infecção bacteriana. O caso poderia ser rotineiro, caso a Santa Casa não tivesse um histórico negativo. Em 2009, um surto de infecção hospitalar provocou a morte de 11 bebês.
Dois dias depois da vistoria, os técnicos emitiram um auto de infração após constatar as seguintes irregularidades: uso de equipamentos com manutenção preventiva e corretiva vencida; falta de manutenção na área física; descumprimento do manual de normas e rotinas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal; descumprimento dos procedimentos operacionais padrões, no que diz respeito à limpeza terminal e concorrente; e não atendimento integral do manual de higiene e limpeza.
O hospital tem até o próximo dia 18 para apresentar a defesa. Em caso de indeferimento das justificativas, ela poderá ser multada. De acordo com a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pela Vigilância Sanitária, o relatório da vistoria será encaminhado nos próximos dias ao Ministério Público (MP) Estadual.
"Ainda estamos em fase de finalização da resposta, mas os problemas apontados são pontuais e já foram resolvidos", garantiu Calderaro.
Ele destacou que o documento será entregue antes da data-limite e revelou que dois bebês continuam no Setor do Isolamento. Segundo o provedor, a manutenção dos recém-nascidos neste setor é "um procedimento normal".
"Eles são prematuros e as mães não tiveram o acompanhamento correto no pré-natal", afirmou.
Cobrança
O secretário-adjunto de Saúde de Mogi, Marcello Delascio Cusatis, minimizou as irregularidades apontadas, mas garantiu "que cobrou a diretoria da Santa Casa após as autuações". "São processos administrativos que não foram cumpridos pela equipe da instituição, no entanto, infrações deste tipo não podem voltar a acontecer", criticou.
"Um episódio como esse coloca as conquistas que alcançamos em segundo plano e prejudica o hospital e a população. Sabemos que se trata de um caso isolado, mas que apaga o excelente trabalho e os resultados positivos que a Prefeitura tem desenvolvido em parceria com todos da Santa Casa", frisou.
Cusatis lembrou quem em breve terá início o projeto de ampliação do programa Mãe Mogiana.
Fonte:Mogi News