quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E AO DIREITO DE PROPRIEDADE SEMPRE

DIÁRIO DO ALTO TIETÊ


Suzano


Matéria publicada em 08/12/11
Lagoa Azul
Briga na Justiça impede obra
Piaget não fez recuperação ambiental até agora porque dono de mineradora no local diz que área não é pública
Cibelli Marthos
De Suzano
Daniel Carvalho


Sem recuperação: Área da Lagoa Azul abrigará um parque; empresário se diz proprietário do terreno e espera indenização
A recuperação do passivo ambiental da área conhecida como Lagoa Azul, em Suzano, e a criação de um parque público no local, conforme acordo feito entre a prefeitura e o Instituto Piaget em 2007, ainda não pode ser realizada por conta de uma briga judicial entre a administração municipal e o empresário Valdecir Guedes, que afirma ser o proprietário do terreno. A justificativa foi dada pela própria instituição, que tem a concessão do imóvel por 80 anos e que ainda não iniciou as obras para construção do parque. 
De acordo com a assessoria de Imprensa da Faculdade Piaget, a área que está sendo contestada não é a mesma concedida pela prefeitura para a construção do campus e sim o local em que será feito o parque e que seria de propriedade municipal. A instituição afirma que o início da recuperação ambiental tem sido dificultado há tempos pelo minerador e que a prefeitura está intervindo no caso. 
O projeto de recuperação da área prevê a plantação de 3.635 mudas de árvores nativas e a terraplanagem do terreno, mas, segundo a instituição, a ação não pode ser iniciada ainda por conta desse entrave na Justiça. "Temos sido confrontados com os constantes impedimentos e ameaças aos funcionários das empresas que foram adjudicadas para as obras, resultando no atraso das mesmas", justificou em nota a Faculdade Piaget.


Segundo Guedes, o terreno pertence à Empresa de Mineração Monte Cristo Ltda., da qual ele é proprietário. Ele afirma ter documentos que comprovam sua posse. "A propriedade da área está sendo discutida na Justiça desde 1999. Em 2007, a prefeitura ofereceu pagar uma indenização para ter a área, mas esse valor nunca foi pago", destacou. Segundo ele, a Justiça marcou uma audiência de conciliação entre as partes em abril deste ano, mas a prefeitura se recusou a participar. 
"Desde terça-feira, funcionários da Prefeitura de Suzano e da faculdade estão tentando entrar no meu terreno e eu os impedi chamando a Polícia Militar. Fiz três boletins de ocorrência por abuso de poder e invasão de propriedade", acrescentou. Segundo ele, enquanto a Justiça não decidir sobre a área, que a administração municipal afirma ser pública, nenhuma obra terá andamento.


Fonte:O Diário de Mogi