terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Possibilidade Daesp estuda aeroporto em Mogi

Departamento Aeroportuário do Estado de São Paulo vai avaliar áreas no Taboão para o empreendimento
Amilson Ribeiro

Junji: Benefícios inegáveis para o desenvolvimento regional com a instalação do aeroporto
O superintendente do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), Ricardo Rodrigues Barbosa Volpi, examinará as áreas indicadas para instalação do aeroporto, de dimensão internacional, no distrito industrial do Taboão, em Mogi. Ele levará em conta acuidade técnica e o manifesto interesse do município em receber o empreendimento. 
As informações foram transmitidas ao deputado federal Junji Abe (PSD) durante audiência ontem. Com a reunião no Daesp, Junji dá continuidade à batalha para viabilizar a implantação do aeroporto em Mogi. O contato com o órgão paulista foi sugerido ao parlamentar pelo ministro-chefe da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Wagner Bittencourt, que acenou com a possibilidade de inserir o empreendimento no Programa Federal de Auxílio a Aeroportos para o próximo ano, desde que a iniciativa seja devidamente justificada e apoiada pelo governo estadual. 
A utilização do dispositivo legal depende de parceria entre o Estado e a União. A viabilização do empreendimento tem o respaldo não apenas da Prefeitura mogiana, mas também das administrações municipais da região, reunidas no Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê), como assinalou Junji. Ele explicou a Volpi que a cidade dispõe de duas áreas com capacidade para receber o empreendimento. Uma com 16 milhões de metros quadrados (m²) e a outra com 10 milhões de m². 
Ambas localizadas no distrito do Taboão, entre as rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna, e a 22 quilômetros, em linha reta, de Guarulhos.


Representando o prefeito Marco Bertaiolli (PSD), o diretor do Departamento de Projetos Físicos e Urbanísticos da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo, Claudio Marcelo de Faria Rodrigues, entregou a Volpi o mapa com as coordenadas das duas áreas. A luta de Mogi das Cruzes para receber o aeroporto começou durante a segunda gestão de Junji como prefeito. O deputado contou ao superintendente do Daesp que constituiu uma comissão especial que identificou as duas áreas potenciais para abrigar o empreendimento e fez a apresentação oficial da cidade, junto aos órgãos federais, como candidata a receber o investimento.


Paralelamente, evidenciou Junji, "a implantação do aeroporto no Taboão sepultaria definitivamente o repudiado aterro sanitário que a empresa Queiroz Galvão insiste em instalar no distrito". Esta seria, segundo o deputado, "uma razão extra" para defender o empreendimento aeroviário.


Desde 2003, Mogi luta contra o aterro sanitário que, entre outros prejuízos, representa a destruição do Taboão e a completa inviabilização do único local disponível na cidade para a expansão empresarial, como observou o parlamentar. A repulsa da comunidade ao projeto da Queiroz Galvão está expressa no Movimento Aterro Não!, que reúne entidades da sociedade civil organizada, e tem o apoio da Câmara Municipal, da Prefeitura e de autoridades dos poderes constituídos. 
"Mesmo que a concretização do aeroporto no Taboão impeça a vinda de mais 100 empresas, com área de 150 mil m² cada uma, o empreendimento trará benefícios inegáveis para impulsionar o desenvolvimento regional. Já o aterro sanitário trará somente danos ambientais, gigantescos prejuízos econômicos, terríveis impactos sociais e riscos à saúde pública, para dizer o mínimo", comparou Junji.


Fonte:Mogi News