quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

No próximo ano Ocupações irregulares serão zeradas

Além do governo federal, a Prefeitura contará com apoio do governo de São Paulo na oferta de moradias
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Bertaiolli e Amaral Filho assinaram convênio para construção de 45 casas no Conjunto Jefferson
Até o fim de 2012, 1,2 mil famílias mogianas que residem em 33 áreas de risco de enchentes ou deslizamentos deverão ser removidas para moradias populares. Mais da metade terá, já no primeiro trimestre do próximo ano, habitações do programa Minha Casa, Minha Vida, o que deverá reduzir em quase 70% as ocupações irregulares no município. No fim do ano, o índice de moradias em áreas de risco será zero, segundo o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD). Isso porque, além do governo federal, a Prefeitura contará com apoio do governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Habitação. 
Ontem, Bertaiolli recebeu, em seu gabinete, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Antônio Carlos do Amaral Filho, para a assinatura de um convênio que prevê a construção de 45 casas no Conjunto Jéfferson da Silva. As moradias, num investimento de R$ 2,5 milhões, serão destinadas exclusivamente às famílias de renda de até três salários mínimos e que ocupam áreas de risco de enchentes no distrito de César de Souza e bairros adjacentes.


"Quando assumi o governo, uma das primeiras ações foi retirar famílias da encosta do Jardim Lair e isso evitou uma tragédia. O mesmo trabalho foi realizado em outras regiões da cidade de forma que estas e outras famílias fossem assistidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, o que diminuiu consideravelmente o índice de ocupações irregulares na cidade. E agora, com o programa Casa Paulista, do governo do Estado, poderemos avançar ainda mais neste projeto para erradicar as áreas de risco no município", detalhou Bertaiolli.


De acordo com a coordenadora de Habitação, Dalciani Felizardo, das 33 áreas de risco na cidade, seis delas (Oroxó, Jardim Lair, Córrego dos Canudos, Favela do Cisne, Rio Jundiaí, Itapeti) serão erradicadas no primeiro trimestre de 2012. "Com o programa Minha Casa, Minha Vida estamos beneficiando gradativamente as pessoas mais necessitadas. Ainda assim, como o cronograma habitacional é extenso, acreditamos que até fevereiro do ano que vem, 837 famílias sejam realocadas, o que diminuirá em 69,75% o índice de áreas de risco", disse. Ela incluiu neste cronograma 168 famílias de chacareiros que ocupam uma área em Jundiapeba.


Até março de 2012, a Prefeitura deverá entregar 2.720 unidades habitacionais, das quais 2.060 moradias só em Jundiapeba. Segundo o prefeito, após a entrega das novas unidades, a Prefeitura fará a demolição das antigas casas para evitar novas ocupações irregulares.


A expectativa é de que as obras para construção das 45 casas no Conjunto Jefferson da Silva, numa área de 3,8 mil metros quadrados, tenham início em março de 2012 e sejam concluídas até dezembro do mesmo ano. Os novos mutuários terão pacotes especiais de pagamento com subsídio de até R$ 40 mil do valor total e mensalidades que representem até 15% da renda familiar. "Pode-se dizer que as mensalidades devem girar em torno de R$ 80". O Conjunto Jefferson deverá receber outros investimentos em infraestrutura.


Antônio Carlos do Amaral Filho garantiu ontem a manutenção de outros projetos na cidade. O maior investimento, em torno de R$ 25 milhões, será destinado à região do Jardim dos Amarais, onde devem ser erguidos 280 apartamentos. Outros R$ 2,5 milhões devem ser utilizados para a construção de 70 casas no Conjunto Jefferson e outros R$ 2,5 milhões para 24 casas da Vila Dignidade, no Jardim Cecília, em Brás Cubas.


Fonte:Mogi News