domingo, 4 de dezembro de 2011

Em "L" Curva no Piatã e no Rodeio é criticada

Formato das duas pontes foi reprovado pelo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
Daniel Carvalho

Ponte que liga os dois lados do bairro Piatã é antiga e alvo de críticas na cidade, porque ela foi feita em formato de "L", o que, na avaliação de algumas pessoas, pode se tornar um fator de risco de acidentes
A ponte que liga os dois lados do bairro do Piatã precisa de manutenção nas muretas laterais. A estrutura é de concreto e em curva. Trata-se de uma construção antiga, que sobrepõe a linha férrea por onde passam apenas trens de carga. No Rodeio, outra ponte merece atenção, por causa do formato em curva.


No Piatã, uma tubulação de água ocupa parte da passagem de carros e pedestres. Assim como a ponte da Volta Fria, as pessoas precisam dividir o mesmo espaço com os veículos. E, neste caso, em uma área ainda mais reduzida. Por isso, muitos preferem atravessar a linha do trem.


Um serviço de nivelamento na ligação com a rua de asfalto também precisa ser executado. "Como o solo cede, é preciso colocar uma nova pavimentação e assim evitar o desnivelamento", destacou o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de Mogi das Cruzes, Nelson Bettoi Batalha. 
Em toda a extensão da ponte, não há iluminação pública. No local, há circulação de carros e até de caminhões. Quando um veículo de grande porte passa, o pedestre é obrigado a aguardar ou correr, caso esteja no meio da travessia.


"Por ser em curva e estreita, ela apresenta problemas na questão da trafegabilidade, mas estruturalmente foi construída para suportar veículos pesados. A manutenção nas paredes laterais é importante para evitar futuros problemas", analisou o presidente do Crea.




Rodeio
A famosa ponte em "L" de Mogi das Cruzes apresenta boas condições estruturais. Responsável por fazer a ligação entre os bairros Mogilar e Rodeio, o material utilizado nas obras, segundo Batalha, é de primeira linha, mas o "curioso" projeto executado minimiza este fator positivo. 
Ela foi construída pela Prefeitura na gestão do então prefeito Junji Abe (PSD), hoje deputado federal. "A instalação ocorreu sem levar em conta o traçado das vias que fariam a ligação. O ideal seria desapropriar os imóveis laterais e deixar que a curva fosse feita na via e não sobre a ponte", analisou Batalha. 
"Ela foi colocada no lugar de uma ponte de madeira que já existia naquele ponto. A atual estrutura de concreto é mais alta do que a de madeira. A impressão que tenho é de que quem desenvolveu o projeto planejou construí-la do mesmo tamanho que a anterior, mas, quando chegou ao fim, viu que o valor destinado para a obra era pequeno e então resolveu fazer a espécie de ´L´, para economizar material", opinou o representante do Crea. (C.L.)


Fonte:Mogi News