Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Mayara de Paula
A ponte que fica próxima ao bairro Ponte Grande apresenta várias rachaduras na parte superior, o que preocupou representante do Crea
A convite do Mogi News, o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de Mogi das Cruzes, Nelson Bettoi Batalha, vistoriou quatro pontes da cidade e a constatação foi de que três delas precisam de manutenção.
As estruturas fiscalizadas foram: o acesso à Mogi-Dutra (SP-88), na Ponte Grande, a estrutura que liga a Volta Fria ao distrito de Jundiapeba, a ligação das duas partes do Piatã e, por fim, a recém construí-da - se comparada aos outros locais - no Rodeio.
No ranking daquelas que necessitam de maior atenção por parte da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, pasta responsável por este tipo de serviço, aparecem: Volta Fria, Ponte Grande, Piatã e Rodeio.
"De modo geral, elas estão em boas condições, mas é necessária uma manutenção preventiva para que não aconteça o mesmo que ocorreu recentemente com a ponte dos Remédios, na capital", lembrou Batalha.
Uma das pistas da ponte dos Remédios, localizada na zona oeste de São Paulo, foi totalmente interditada no dia 23 de novembro, após o desabamento de aproximadamente 20 metros de parte da mureta de proteção. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve veículos envolvidos na queda da mureta nem vítimas.
As causas do desabamento são analisadas pelas autoridades competentes da capital, no entanto, o engenheiro mogiano deu uma pista do que pode ter ocorrido: falta de manutenção. "Quando a pessoa não cuida da casa, ela acaba dando sinais e, se nada for feito, o resultado é o desabamento. O mesmo acontece com os equipamentos públicos", comparou.
Maior problema
A situação mais crítica dos pontos vistoriados é a da estrutura existente na Volta Fria. A ponte foi construída de forma mista, ou seja, estrutura de ferro e superfície de madeira. A parte estrutural apresenta ferrugem. É possível identificar um grande buraco no centro da ponte, na parte inferior.
"Se a ferrugem não for contida, a corrosão pode ficar maior e um caminhão pesado pode ser o suficiente para fazer com que ela caia", alertou. A preocupação fica por conta da quantidade de veículos pesados, o que inclui ônibus do transporte público, que passam pelo local.
Além do problema da ferrugem, algumas vigas de madeira da superfície estão danificadas, principalmente nas pontas. "Se um caminhão passar neste pedaço, pode quebrar", disse.
Outra característica que preocupou o engenheiro foi o muro de arrimo cons-truído ao lado da ponte que sustenta a pista e impede que a via ceda. Algumas rachaduras foram encontradas. "Isso indica que há movimentação de terra", informou.
A estrutura visitada que apresenta as melhores condições é a ponte do Rodeio. O único problema foi o projeto. A ponte foi feita em formato de "L". "Trata-se de um equipamento novo, feito com material de primeira, mas a execução da obra não levou em conta questões básicas, como o traçado das pistas", disse.
Fonte:Mogi News
