sábado, 3 de dezembro de 2011

Caso bebê Provedor quer instalar câmeras na Santa Casa

Daniel Carvalho

No início da semana, corpo de bebê que nasceu morto na Santa Casa foi encontrado na lavanderia
A provedoria da Santa Casa de Mogi das Cruzes estuda instalar câmeras de monitoramento nos principais acessos da unidade, além de corredores onde há maior circulação de funcionários e pacientes. O objetivo é evitar novos episódios parecidos ao registrado no início desta semana, quando o corpo de um bebê que havia nascido morto foi encontrado na lavanderia do hospital, em vez de estar no necrotério. A decisão foi tomada pela Comissão Interna de Sindicância da Santa Casa, que após 72 horas de investigação, ouviu 26 funcionários e concluiu que o bebê foi colocado de forma criminosa na lavanderia, mas não conseguiu identificar os culpados. Na tarde de ontem, o provedor Mário Calderaro entregou o relatório à Polícia Civil, que deve instaurar um inquérito para investigar o crime de ocultação de cadáver.


O provedor havia marcado uma entrevista coletiva, que seria realizada na manhã de ontem no hospital, mas foi desmarcada no horário em que iria começar. Por telefone, a secretária da provedoria informou que a comissão iria se manifestar apenas por escrito. 
Agora, a administração iniciou o levantamento de custos para instalar câmeras de monitoramento nas dependências da unidade. As portarias principais, além de alguns corredores, serão monitorados. Se já estivessem funcionando, provavelmente a comissão conseguiria identificar quem entrou no necrotério e tirou o corpo do bebê do local. 
A sindicância concluiu que a episódio foi para manchar a imagem do hospital. De acordo com o boletim de ocorrência de ocultação de cadáver, J.M.G.L, deu à luz às 23h30 um bebê masculino de 37 semanas, e pouco mais de 4 quilos, que já nasceu morto. O pai da criança, C.G.P foi chamado no hospital para providenciar a documentação necessária para o sepultamento do bebê, mas isso não foi feito no sábado (dia 26). O corpo do menino, então, continuou no necrotério até às 7 horas do dia 27 (domingo), quando houve a troca de turno dos funcionários. No mesmo dia, às 10h45, o corpo foi encontrado na lavanderia, enrolado em roupas sujas do hospital. Apenas um funcionário estava responsável pelo necrotério. Durante a sindicância, 26 funcionários foram ouvidos, mas não foi possível juntar provas contra nenhum deles. Por este motivo, a Polícia Civil assume o caso. (J.S.)


Fonte:Mogi News