No início da semana, corpo de bebê que nasceu morto na Santa Casa foi encontrado na lavanderia
A provedoria da Santa Casa de Mogi das Cruzes estuda instalar câmeras de monitoramento nos principais acessos da unidade, além de corredores onde há maior circulação de funcionários e pacientes. O objetivo é evitar novos episódios parecidos ao registrado no início desta semana, quando o corpo de um bebê que havia nascido morto foi encontrado na lavanderia do hospital, em vez de estar no necrotério. A decisão foi tomada pela Comissão Interna de Sindicância da Santa Casa, que após 72 horas de investigação, ouviu 26 funcionários e concluiu que o bebê foi colocado de forma criminosa na lavanderia, mas não conseguiu identificar os culpados. Na tarde de ontem, o provedor Mário Calderaro entregou o relatório à Polícia Civil, que deve instaurar um inquérito para investigar o crime de ocultação de cadáver.
O provedor havia marcado uma entrevista coletiva, que seria realizada na manhã de ontem no hospital, mas foi desmarcada no horário em que iria começar. Por telefone, a secretária da provedoria informou que a comissão iria se manifestar apenas por escrito.
Agora, a administração iniciou o levantamento de custos para instalar câmeras de monitoramento nas dependências da unidade. As portarias principais, além de alguns corredores, serão monitorados. Se já estivessem funcionando, provavelmente a comissão conseguiria identificar quem entrou no necrotério e tirou o corpo do bebê do local.
A sindicância concluiu que a episódio foi para manchar a imagem do hospital. De acordo com o boletim de ocorrência de ocultação de cadáver, J.M.G.L, deu à luz às 23h30 um bebê masculino de 37 semanas, e pouco mais de 4 quilos, que já nasceu morto. O pai da criança, C.G.P foi chamado no hospital para providenciar a documentação necessária para o sepultamento do bebê, mas isso não foi feito no sábado (dia 26). O corpo do menino, então, continuou no necrotério até às 7 horas do dia 27 (domingo), quando houve a troca de turno dos funcionários. No mesmo dia, às 10h45, o corpo foi encontrado na lavanderia, enrolado em roupas sujas do hospital. Apenas um funcionário estava responsável pelo necrotério. Durante a sindicância, 26 funcionários foram ouvidos, mas não foi possível juntar provas contra nenhum deles. Por este motivo, a Polícia Civil assume o caso. (J.S.)
Fonte:Mogi News