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Extração de areia provoca degradação ambiental em vários pontos do distrito do Taboão, onde empreiteira também pretende instalar um aterro para receber lixo
Zeloso, o latifundiário Raul Lerário mantém ao menos dois seguranças para tomar conta da área que ele liberou para a empreiteira Queiroz Galvão para a implantação do aterro sanitário regional no distrito do Taboão, em Mogi das Cruzes. Nesta semana, o Mogi News esteve no local para a produção de fotos e constatou que o "pessoal" de Lerário, ao contrário do patrão (que preza pela discrição), não tem problema algum em se apresentar aos visitantes.
A equipe do jornal e de uma empresa especializada na produção de imagens áreas parou ao lado da igreja católica da estrada Aparecida (chamada pelos moradores de estrada da Aparecidinha). Nesse local, de um lado fica o terreno reservado ao projeto da Queiroz Galvão. Do outro lado da estrada funciona um enorme porto de areia que é comandado por Lerário.
Assim que os carros da reportagem encostaram diante da igreja e o equipamento fotográfico começou a ser utilizado, um segurança surgiu, entrou em um carro preto que estava parado na frente da igreja e, ostensivamente, pegou uma arma de fogo que estava no interior do carro e a colocou na cintura. Em seguida, ele quis saber da reportagem o que estava acontecendo. Ao ser informado sobre a produção das imagens para a reportagem, esse segurança, armado com uma pistola ponto 40, semelhante à usada pelos policiais militares), não criou empecilhos, mas argumentou que estava ali para impedir invasões na propriedade de Lerário.
O outro segurança que estava no local, aparentemente desarmado, confirmou que o porto de areia que fica no lado outro lado da rua é explorado por Raul Lerário. A reportagem deixou os contatos do jornal com o segurança com pedido para que Lerário retornasse ao contato.
Desde a última sexta-feira, o Mogi News tenta falar com Lerário sobre sua decisão de liberar dois milhões de metros quadrados para implantação do aterro e também sobre os danos ambientais gerados pela extração mineral. O jornal também pediu uma posição da Fiesp, onde Lerário é diretor-adjunto de Meio Ambiente. A Fiesp não se pronunciou. No Alto Tietê, a regional da federação das indústrias também não falou com a reportagem.
O jornal também acionou a rádio Princesa de Pindamonhangaba, que pertence a parentes de Raul Lerário. Ninguém se manifestou. O empresário, na única vez que atendeu a reportagem, limitou-se a dizer que nada tinha a declarar.
Fonte:Mogi News