sábado, 12 de novembro de 2011

Não ao aterro! Lerário põe capangas para tomar conta da área do Lixão no Taboão

Segurança surgiu, entrou em um carro e, ostensivamente, pegou uma arma de fogo e a colocou na cintura
Divulgação

Extração de areia provoca degradação ambiental em vários pontos do distrito do Taboão, onde empreiteira também pretende instalar um aterro para receber lixo
Zeloso, o latifundiário Raul Lerário mantém ao menos dois seguranças para tomar conta da área que ele liberou para a empreiteira Queiroz Galvão para a implantação do aterro sanitário regional no distrito do Taboão, em Mogi das Cruzes. Nesta semana, o Mogi News esteve no local para a produção de fotos e constatou que o "pessoal" de Lerário, ao contrário do patrão (que preza pela discrição), não tem problema algum em se apresentar aos visitantes. 
A equipe do jornal e de uma empresa especializada na produção de imagens áreas parou ao lado da igreja católica da estrada Aparecida (chamada pelos moradores de estrada da Aparecidinha). Nesse local, de um lado fica o terreno reservado ao projeto da Queiroz Galvão. Do outro lado da estrada funciona um enorme porto de areia que é comandado por Lerário. 
Assim que os carros da reportagem encostaram diante da igreja e o equipamento fotográfico começou a ser utilizado, um segurança surgiu, entrou em um carro preto que estava parado na frente da igreja e, ostensivamente, pegou uma arma de fogo que estava no interior do carro e a colocou na cintura. Em seguida, ele quis saber da reportagem o que estava acontecendo. Ao ser informado sobre a produção das imagens para a reportagem, esse segurança, armado com uma pistola ponto 40, semelhante à usada pelos policiais militares), não criou empecilhos, mas argumentou que estava ali para impedir invasões na propriedade de Lerário. 
O outro segurança que estava no local, aparentemente desarmado, confirmou que o porto de areia que fica no lado outro lado da rua é explorado por Raul Lerário. A reportagem deixou os contatos do jornal com o segurança com pedido para que Lerário retornasse ao contato. 
Desde a última sexta-feira, o Mogi News tenta falar com Lerário sobre sua decisão de liberar dois milhões de metros quadrados para implantação do aterro e também sobre os danos ambientais gerados pela extração mineral. O jornal também pediu uma posição da Fiesp, onde Lerário é diretor-adjunto de Meio Ambiente. A Fiesp não se pronunciou. No Alto Tietê, a regional da federação das indústrias também não falou com a reportagem.


O jornal também acionou a rádio Princesa de Pindamonhangaba, que pertence a parentes de Raul Lerário. Ninguém se manifestou. O empresário, na única vez que atendeu a reportagem, limitou-se a dizer que nada tinha a declarar.


Fonte:Mogi News