sábado, 12 de novembro de 2011

Irmãs são mortas na Vila Oliveira

violência Renata, 21 anos, e Roberta, 16, foram mortas a facadas na noite de ontem; o pai delas, Nelson Yoshifusa, ficou em estado de choque


MOGI DAS CRUZES


Alexandre Barreira


As irmãs Renata de Cássia Yoshifusa, de 21 anos, e Roberta Yuri Yoshifusa, de 16, foram brutalmente assassinadas no início da noite de ontem, na casa em que moravam na Rua Mariana Najar, na Vila Oliveira.


Segundo o relato feito por um funcionário da família, o pintor conhecido como Júnior, três homens teriam invadido a residência para assaltar e entraram em luta corporal com as meninas e ele, que teve ferimentos nos braços e no abdome.


O delegado Francisco Del Poente, que auxiliou nas investigações iniciais do crime, destacou que as meninas foram mortas com vários golpes de instrumento cortante, principalmente na região do pescoço. A perícia encontrou duas facas próximas dos corpos das vítimas, uma delas quebrada.


De acordo com as investigações preliminares, o homem que estava na casa no momento do crime, o pintor Júnior, que tem o apelido de "Tartaruga", disse que três homens entraram na casa e tentaram abusar das meninas. Ele teria tentado impedir a ação dos criminosos, mas também foi ferido. De acordo com relato feito aos policiais, ele teria se refugiado no banheiro da casa e ligado para a Polícia. "Não podemos descartar nenhuma hipótese. Ele (Júnior) já está fora de perigo e com calma vamos voltar a ouvi-lo. O que dá para adiantar é que ele mesmo não sustenta muito esta versão de que três homens teriam entrado na casa", afirmou Del Poente.


Em depoimento preliminar ao delegado momentos depois do crime, o pai das meninas, o comerciante Nelson Yoshifusa, teria dito que há 15 dias ele e as filhas estariam recebendo ameaças por telefone de uma pessoa conhecida como Ricardo e que teria tido um relacionamento com a Renata. "Esta versão também será avaliada. Precisamos descobrir quem é esta pessoa", disse Del Poente.


O pai e a mãe das meninas, Rita, chegaram à residência minutos após o crime. A mãe precisou ser levada com urgência para o hospital em estado de choque. O pai recebeu atendimento médico ainda no local e depois foi levado ao hospital. Os dois ficaram extremamente abalados com a crueldade do crime contra as filhas.


A empregada da casa, Marlene Pereira da Silva, disse ao delegado que deixou a casa por volta das 18 horas e ficaram na residência Roberta, que estaria dormindo, o pintor Júnior e uma terceira pessoa, o zelador da piscina, conhecido apenas como Nelson, que teria aproximadamente 60 anos. "Todos são de confiança da família, convivem com eles há muito tempo. Não acredito que tenham feito algo a elas. Há quatro anos que trabalho aqui e eles sempre se deram bem com os patrões", afirmou Marlene.


A Polícia vai abrir duas linhas de investigação: a primeira de duplo homicídio qualificado e a segunda de latrocínio (roubo seguido de morte). "Não há indícios de arrombamento na residência, mas não podemos descartar nenhum tipo de informação", definiu Del Poente.


Fonte:O Diário de Mogi