domingo, 13 de novembro de 2011

Crime na Vila Oliveira Em choque, pais não vão ao enterro

Renata e Roberta foram veladas no Velório Municipal e sepultadas no cemitério Parque das Oliveiras às 16h30
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Familiares e amigos não entendiam como um crime tão bárbaro pôde ter vitimado as duas jovens; clima era de muita tristeza e revolta pelo crime da última sexta-feira
Os pais das duas irmãs encontradas mortas em uma casa na Vila Oliveira, na noite de sexta-feira, não compareceram ao enterro e ao velório, realizados na tarde de ontem. O mecânico Nelson Yoshifusa, 58 anos, e a esposa Rita, 43, permaneceram todo o sábado em estado de choque. A mãe das vítimas chegou a ficar internada durante toda a manhã. O pai ficou na casa de amigos. Ambos receberam sedativos.


O velório das estudantes Renata de Cássia Yoshifusa, de 21 anos, e Roberta Yuri Yoshifusa, 16, ocorreu no Velório Municipal. Elas foram enterradas no cemitério Parque das Oliveiras, no mesmo bairro onde moravam.


O clima no velório, além da tristeza e comoção, era de pessoas que não entendiam como um crime tão bárbaro pôde ter vitimado as duas jovens. Elas receberam diversas facadas, principalmente no pescoço. A polícia investiga se houve abuso sexual. O pintor Antonio Carlos Rodrigues da Silva Junior, que trabalhava com a família há quase 20 anos, confessou o duplo homicídio.


Autoridades de Biritiba-Mirim, cidade onde o pai das jovens trabalha, como o prefeito Carlos Alberto Taino Junior, compareceram ao cemitério. A Imprensa não teve autorização para acompanhar a cerimônia. O único presente ao velório que veio falar com a Imprensa, o diretor da escola onde as vítimas estudaram, Ailton Assis, afirmou que todos ali estavam indignados com a violência que culminou na morte brutal das jovens estudantes. 


Perfil
Vaidosas e extremamente centradas nos estudos. Assim os colegas definiram as duas irmãs. A mais velha, Renata, cursava Direito em uma universidade de Mogi das Cruzes e estagiava no Fórum Central. Recatada, trocava as festas pelos livros e gostava de internet, principalmente redes sociais. Tinha o objetivo de ser juíza, iria se formar no próximo ano e fazia planos. 
Já Roberta estava no Ensino Médio e tinha o rock´n roll como grande paixão. Sempre que chegava da escola, se trancava no quarto para escutar música ou jogar vídeo-game. As irmãs tinham bom relacionamento, sempre estavam juntas e tinham muitos amigos em comum.


O pai é dono de uma tradicional oficina mecânica em Biritiba e a mãe, dona de casa. A família se mudou para Mogi há cerca de cinco anos, vindo de Biritiba. Eles tinham como meta mudar do imóvel onde viviam ainda este ano para outro mais espaçoso, ainda na Vila Oliveira. No momento do crime, a mãe tinha saído para, justamente, fechar o negócio de aquisição de uma casa. 
De acordo com parentes, o pai, antes de ficar sob o efeito dos medicamentos questionava "porque Deus tinha resolvido tirar as duas filhas que tinha" e aos prantos dizia "que não tinha ninguém para fazer projetos".


Fonte:Mogi News