Evaristo: Fidelidade a Bertaiolli
Com menos de uma semana de vida, o Partido Social Democrático (PSD) já conta, em Mogi das Cruzes, com pelo menos um representante no Executivo (o prefeito Marco Bertaiolli) e três no Legislativo. Conforme havia antecipado o Mogi News, na semana passada, os três vereadores do DEM, Carlos Evaristo da Silva, Protássio Ribeiro Nogueira e Nabil Nahi Safiti, também decidiram se desfiliar migrar para o PSD, recém-criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
As fichas (de desfiliação do DEM e de filiação ao PSD) foram assinadas ontem à tarde. O discurso de justificativa dos três vereadores era o mesmo: todos queriam seguir o "amigo e líder", o prefeito Marco Bertaiolli, desde que, é claro, não tivessem suas cadeiras no Legislativo contestadas juridicamente por causa da Resolução 22.610, que trata da fidelidade partidária.
Bertaiolli assinou a desfiliação do DEM e assinou com o PSD na tarde de quinta-feira passada e anunciou sua decisão no sábado. "Todos (vereadores) vão seguir a locomotiva Bertaiolli", resumiu o vice-presidente da Câmara, Protássio Ribeiro Nogueira.
Ele se refere à declaração dada na semana passada de que uma locomotiva não anda sem os vagões. "Eu me considero um dos vagões", disse. Segundo Nogueira, uma reunião, na sexta-feira passada, teria selado o acordo dos três vereadores com o prefeito.
"O Bertaiolli sempre foi um líder democrático. Toma as decisões necessárias para o bem comum e nos convida a participar dos projetos. Serei sempre fiel a ele", completou Carlos Evaristo. "A questão da fidelidade partidária incomodava, tenho de admitir", acrescentou Nabil Nahi Safiti, que permaneceu 11 anos no DEM. "Mas, por se tratar de um partido novo, que nos permite mudar para ele sem ter as nossas cadeiras na Câmara contestadas na Justiça, então, é possível acompanhar nossas ideologias", completou.
Com isso, o PSD sai do zero para uma representatividade de três vereadores na Câmara Municipal, se tornando, ao lado do PR, a maior bancada. Já o DEM faz o caminho inverso.
Resolução
De acordo com a Resolução 22.610, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido político interessado pode pedir à Justiça Eleitoral a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa e o político pode se antecipar e protocolar uma carta de justificativa. (N.A.)
Fonte:Mogi News
