Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Valdivina Gonçalves da Silva cobra a realização de um novo procedimento em caráter emergencial
A família da aposentada Valdivina Gonçalves da Silva, de 58 anos, acusa a hospital Luzia de Pinho Melo de erro médico. A paciente foi operada em fevereiro e teria tido seu intestino ligado ao canal vaginal. Ao procurar o médico responsável pela operação, ela teria sido informada que houve um erro e encaminhada para novos exames que só seriam realizados em novembro. Ontem, a aposentada passou por exames na rede privada na tentativa de comprovar o erro.
A história começou em 2010 quando ela apresentou complicações no intestino. "Durante a cirurgia para implantação de uma bolsa de colostomia, no fim do ano, meu intestino foi perfurado, então precisei de outra intervenção para retirar a bolsa", contou. A suspeita é que a falha tenha ocorrido durante a reconstrução do trato intestinal da aposentada.
"Minha mãe ficou sofrendo calada durante um bom tempo por vergonha. Voltamos ao médico e descobrimos que o intestino dela está ligado ao órgão genital e que a reconstrução foi incorreta", explicou a filha da paciente Dinair Soares da Silva.
A família não pretende processar o hospital, mas reclama o direito de realizar exames e uma nova cirurgia em caráter emergencial. "A minha cirurgia foi marcada só para novembro. Alguma coisa tem de ser feita porque nem posso andar pela casa ou fazer o mínimo de esforço", desabafou a aposentada.
Resposta
Em nota a direção do hospital negou que haja erro médico. De acordo com os responsáveis, a paciente foi acompanhada no ambulatório da unidade até agosto, quando passou a apresentar incontinência fecal e foi diagnosticada com uma fístula na região perineal (uma passagem anormal que liga o intestino à vagina e ao ânus). A unidade se comprometeu em prestar assistência e antecipou os exames marcados para terça-feira. Além disso, um proctologista irá examinar a aposentada na sexta-feira.
Fonte:Mogi News