sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sacrifício Mogi registra mais um caso de anemia equina

Uma égua foi sacrificada ontem no sítio Canjerê, na Volta Fria, que já estava interditado por causa de quatro outros casos da doença infecciosa
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Oliveira explica que há outros animais no sítio da Volta Fria que está interditado por causa da anemia infecciosa equina
Uma égua foi sacrificada na manhã de ontem no sítio Canjerê, na Volta Fria, por causa de anemia infecciosa equina. Esse é o quinto animal que passou por eutanásia esse ano. Desde abril o local está interditado em razão da doença. O espaço terá de ficar pelo menos mais 60 dias bloqueado até que novos exames realizados comprovem que não existe risco de nenhuma nova contaminação. Enquanto isso, os proprietários de animais estão temerosos com a possibilidade de contágio nos animais.


A anemia infecciosa equina é causada por um vírus e pode ser transmitida para outros animais por meio de agulhas, relações sexuais e por um mosquito. Existem na cidade mais dois locais que registraram casos da doença. "Temos o sítio Canjerê e mais dois focos no Mogi Moderno, uma cocheira e outra propriedade. Para o sítio ser liberado é preciso que exames com todos os animais que ficam aqui apresentem dois resultados negativos seguidos. Daqui a 30 dias faremos o primeiro deles, depois de mais 30 dias desse prazo voltaremos para refazê-los, se nenhum animal apresentar a doença, liberaremos a área", explicou a veterinária da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, regional de Mogi das Cruzes, Maria Carolina Guido.


Os proprietários dos animais temem que a doença atinja os demais que estão saudáveis na propriedade. "Essa égua é minha propriedade e não pude retirá-la daqui para deixar em um sítio em Biritiba Mirim, agora vou ter de sacrificá-la. Não posso repor esse animal, pois o local está interditado e também existe o risco de contaminação. Meu filho ficou triste com a situação, pois a égua era dele há pelo menos três anos. Tenho mais um animal aqui", contou o comerciante Francisco Carlos Marques Gomes, de 55 anos. Ele quer que alguma ação seja feita para combater o mosquito transmissor da doença. "Esse mosquito é muito resistente, pode voar e picar outros animais", afirmou. 
O dono do sítio, Nelson Alves de Oliveira contou que se sente prejudicado. "Sempre fazemos passeios e agora não podemos sair com os animais da propriedade. Esse ano não participamos da Festa do Divino e teremos de deixar de ir a vários passeios", declarou. O veterinário do local, Nilo Jordão da Silva Matos, 51, esclareceu que a doença deixa o animal muito debilitado. "É como se fosse a Aids dos cavalos. Eles têm uma anemia forte e ficam fracos", acrescentou.


Fonte:Mogi News