domingo, 4 de setembro de 2011

Opinião Fumantes também aprovam a lei


No início, eles reclamavam bastante, mas agora admitem que os ambientes ficaram bem mais agradáveis
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Os amigos Pablo e Fabio são médicos, apoiam a Lei Antifumo e acreditam que ela só é cumprida porque a multa é para o comerciante
"Se você viesse aqui antes da lei entrar em vigor, talvez esse cheiro de picanha não estivesse se espalhando pelo ar. O que estaríamos sentindo era o odor do cigarro", disse a advogada Marileia da Conceição, de 33 anos, que dia desses jantava com a amiga Audrey Marques, 33.


"Os bares ficaram com ambientes mais agradáveis. Quem fuma não fica incomodado, mas todos que estão ao redor sentem o forte cheiro do fumo", destacou Audrey.


Opinião semelhante tem o médico Pablo Felipe Rodrigues, 30. Ele acredita que a legislação só passou a ser cumprida, porque a punição é aplicada diretamente ao proprietário do estabelecimento. "Projetos de restringir o consumo existem há muitos anos, mas colocar como alvo da multa o dono do restaurante foi a grande ´sacada´", disse.


Fábio Bronedato, 29, que também é médico acredita que a legislação igualou fumantes e não fumantes. "Quem consome cigarros não precisa prejudicar aqueles que não fazem uso desta droga", afirmou.


A aprovação da norma foi demonstrada até mesmo por quem fuma. Antes de entrar no bar, o auxiliar administrativo Marcel Souza, 23, deu o trago final no cigarro. "No começo eu reclamei bastante, mas hoje posso dizer que me adaptei. De fato é muito ruim ficar ao lado de alguém que fuma. Teve um lado bom de tudo isso: passei a fumar menos", destacou.


O produtor Bruno Rodrigues, 21, lembrou que o cigarro não está proibido, houve apenas restrição ao uso. "Os locais estão mais agradáveis e todos respeitam, porque não queremos prejudicar o dono do bar".




Narguilé
O casal de namorados Renan Franco, 22, e Audrey Yamato, 19, consumiam narguilé em um espaço reservado na frente de um bar em Mogi das Cruzes. Para eles, a Lei Antifumo teve reflexos muito positivos. "Todos os frequentadores podem utilizar um mesmo espaço", disse Franco. "Gostamos de narguilé e depois da lei não deixamos de consumir. A única diferença é que buscamos bares que reservaram locais para o público que utiliza este tipo de produto", destacou Audrey.


Fonte:Mogi News