sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Encontro: Conferência destaca políticas para a mulher


Evento realizado na UMC, que contou com a palestra da ex-deputada Zulaiê Cobra, reforçou as necessidades de políticas públicas para elas
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Conferência, ontem, reforçou pedido de uma Coordenadoria da Mulher e de um Centro de Referência em Mogi das Cruzes
O papel e a importância da mulher no poder foram destaques da 2ª Conferência Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Mogi das Cruzes, ocorrida na tarde de ontem, na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). O ponto alto do evento foi a palestra "Violência Contra a Mulher, seu Empoderamento para o Exercício da Cidadania", da advogada e ex-deputada federal Zulaiê Cobra Ribeiro.


Além das discussões, a Conferência serviu para que o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher reforçasse o pedido para implantação de uma Coordenadoria da Mulher na cidade, bem como a criação do Centro de Referência da Mulher, unidade especializada no atendimento social, psicológico e na prestação de assessoria jurídica, conforme está prevista na Lei 11.340/2006, a Lei Maria da Penha.


O evento teve início por volta das 13 horas com a palestra da ex-deputada. No restante da tarde, os participantes se dividiram nos quatro grupos temáticos: saúde; violência; a mulher nos espaços de poder e políticas públicas de empoderamento e autonomia das mulheres. Da conferência será criado um relatório que vai ser encaminhado ao governo estadual. O material será anexado aos resultados da 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, a ser realizada em outubro. Já o documento final será encaminhado à Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres para que seja desenvolvido o 2ª Plano Nacional.


Para Zulaiê, já passou da hora das mulheres terem espaço no poder. "Tenho 67 anos e não aguento mais ver mulheres sendo mortas por homens. Somos mais da metade da população; no município de São Paulo representamos 54% do eleitorado e elas precisam estar no poder porque o Judiciário e o Estado são machistas", disse.


A estagiária em assistência social, Kátia Alves, teve uma prima morta pelo ex-marido e diz que a conscientização dos próprios direitos é fundamental para as mulheres. "Quanto mais pessoas tivermos envolvidas e engajadas, participando e reivindicando, mais resultados vamos obter. É preciso que as mulheres façam valer os seus direitos e participem mais de eventos como este", afirmou.


Necessidades
Para a presidente do Conselho Municipal da Mulher, Rosana Sant´Ana Pierucetti, além da conscientização, também se faz necessária estrutura para garantir os direitos das mulheres. "Estamos aqui para discutir os nossos direitos, para pedir uma coordenadoria; implementação da Lei Maria da Penha com tudo o que ela prevê, incluindo melhor aparelhamento da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), os juizados e centros especializados e a criação de políticas públicas que melhorem a vida das mulheres no sentido de tirá-las da extrema pobreza", disse.


Fonte:Mogi News