sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Chalita diz que Dilma o incentivou a ser candidato em São Paulo

Jair Stangler, do Estadão.com.br




Chalita diz que Dilma incentivou sua candidatura
O deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) afirmou nesta sexta-feira, 26, que a presidente Dilma Rousseff o incentivou a ser candidato à Prefeitura de São Paulo. Segundo o deputado, a declaração foi dada durante jantar da presidente com o PMDB esta semana.

“Eu jantei com a presidente Dilma essa semana, no jantar do PMDB, falei da campanha, do meu entusiasmo em ser candidato a prefeito de São Paulo. Ela incentivou, disse que é ótimo. Disse que quanto mais a gente tiver novos olhares para a política, mais a gente motiva as pessoas a participar”, afirmou durante seminário sobre a Frente Parlamentar de Adoção, realizado nesta sexta nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo. Também participaram do evento os senadores Lindembergh Farias (PT-RJ) e Aécio Neves (PSDB-MG).
O parlamentar também duvidou que a presidente ofereça algum ministério, como o da Educação, para que ele não seja candidato e deixe o caminho livre para o ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), favorito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o cargo. “Ela não vai me convidar. Até por saber desse propósito meu e do PMDB. Ela também tem que saber que o PMDB é aliado, que quer ter candidato em São Paulo e que tem candidato em São Paulo”, declarou. Segundo ele, “há um respeito muito grande do PMDB pelo PT e do PT pelo PMDB. São partidos que têm uma aliança nacional, que é uma aliança importante para a governabilidade, estão juntos”, disse.
O deputado comentou também a visita que fez a Lula na quinta-feira, 25. De acordo com ele, foi uma “visita de cortesia”. “Nós conversamos sobre vários assuntos da vida política dele, da minha vida política”, afirmou. “Em nenhum momento ele falou em desistência de candidatura nem em aliança no primeiro turno”, completou.
Chalita afirmou que o ex-presidente considera “muito bom que São Paulo tenha vários candidatos e quanto mais candidatos nós tivermos, melhor é para a democracia.” Ele disse concordar com o ex-presidente. “É muito bom que a gente tenha sete, oito, nove candidatos, porque aí a sociedade vai ter condições de comparar sete projetos, oito projetos diferentes”, avaliou.
“Não há como PT e PMDB não terem candidato”
Para ele, “não há como convencer o PT de não ter candidato, que é um partido forte, é o partido da Presidência da República, e não há como convencer o PMDB de não ter candidato, é o maior partido do Brasil em número de vereadores, prefeitos, de senadores, e há tempos está esperando uma candidatura própria na cidade de São Paulo”.
Chalita garantiu que será candidato. “Não há hipótese do PMDB não ter candidato como não há hipótese do PT não ter candidato. Na minha leitura, não há hipótese do PSDB não ter candidato também. Então nós teremos candidatos diferentes que vão defender pontos de vista diferentes e isso é bom pra cidade”, concluiu.
Ele negou que vá disputar com Haddad o mesmo público caso ambos sejam candidatos. “Eu vejo até como um elogio (dizer que os dois tem o mesmo perfil). Gosto muito do ministro Haddad. Tem formação intelectual e acadêmica sólida. É um ministro que vem trabalhando pelo bem do Brasil”, declarou. “Agora, quando começar a campanha eleitoral vão surgir diferenças naturais. E olhares para a cidade. naturalmente eu vejo a cidade de uma forma, ele vê de outra forma. O fatos de nós sermos jovens, trabalharmos em educação, não significa que a gente pense a cidade da mesma forma… Eu vou discutir um projeto de trânsito que vai ser diferente do projeto de trânsito que ele tem pra cidade. Projeto de transporte, projeto de revitalização para a área central da cidade. Eu vou ter um olhar, ele vai ter outro”, argumentou.
Ele disse esperar que a campanha não seja marcada pela “descontrução da imagem alheia”. “Isso faz muito mal pra a política. Aconteceu na outra campanha, vem acontecendo nas campanhas eleitorais”, lamentou. “Espero que a campanha de são paulo seja para discutir problemas de São Paulo, de quem quer ser prefeito de São Paulo, de quem não quer usar a prefeitura de São Paulo de trampolim para nada”, completou.


Fonte:Estadão.com.br