quinta-feira, 5 de maio de 2011

Não ao aterro: Grupo contra Lixão discute metas

Não ao aterro
Grupo contra Lixão discute metas
Movimento de repúdio ao aterro da Queiroz Galvão vai cobrar comprometimento de autoridades de Mogi
Bras Santos
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya

Protestos públicos têm chamado a atenção da população sobre os danos do aterro ao município
O movimento "Aterro Não" reúne-se a partir das 17 horas de hoje no auditório da subsede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi das Cruzes para reforçar as estratégias e definir metas e datas que, teoricamente, terão de ser cumpridas pela Prefeitura mogiana, Frente Parlamentar de deputados e outras lideranças políticas, na solução dos problemas causados pelo lixo.
Amanhã, os representantes do "Aterro Não" se reunirão com o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) para discutir as ações contra a implantação do aterro sanitário da Queiroz Galvão no distrito do Taboão. Eles pretendem ´arrancar´ de Bertaiolli compromissos mais efetivos para o desenvolvimento de técnicas que eliminem de uma vez as possibilidades de a Galvão e qualquer outra empresa conseguirem instalar um depósito de lixo em Mogi. Na segunda-feira, dia 9, o movimento vai cobrar esses mesmos compromissos da Frente Parlamentar de deputados que estará na Câmara de Mogi para o lançamento das ações parlamentares contra o empreendimento da Queiroz Galvão.

De acordo com representantes do movimento, não faz mais nenhum sentido o governo municipal e o próprio "Aterro Não" ficarem gritando que a cidade não quer o Lixão. "Nos últimos anos falou-se demais sobre isso, mas o ex-prefeito Junji Abe (DEM) e nenhuma outra autoridade política da cidade se comprometeram seriamente para solucionar o problema e é isso que o movimento cobrará a partir da próxima reunião (amanhã) com o prefeito de Mogi. Chega de tanta falação", disse o ativista Silvio Marques. Ele observou que o tratamento que a Prefeitura estaria dispensando aos catadores (recicladores) que circulam pela área central de Mogi para recolher papelão e outros materiais indicaria a falta de compromisso do governo com a solução do problema: "Vamos cobrar uma política mais humana para os catadores, que ajudam na redução do material que é levado para o aterro", completou Marques.
Ele acrescentou que o prefeito e os deputados da Frente Parlamentar terão de apresentar um cronograma de ações e prazos para a instalação de uma usina ou outro projeto que substitua os aterros e terão de se comprometer também em ampliar a coleta seletiva, que ainda é insipiente na cidade.
A direção da Associação Cultural de Mogi - Bunkyo, pelo segundo dia consecutivo, não se manifestou a respeito dos questionamentos feitos na segunda-feira pelo Mogi News. O jornal perguntou à entidade que cedeu suas instalações para a audiência pública para apresentação do projeto da Queiroz Galvão sobre a capacidade de público em seu ginásio de esportes.

Fonte:Mogi News