sexta-feira, 27 de junho de 2014

Seca poderá prejudicar a Cidade

SEX, 27 DE JUNHO DE 2014 00:00
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Maior parte de Mogi é abastecida pelo Semae com a água captada diretamente do Rio Tietê, na Estação Pedra de Afiar / Foto: Arquivo

Com o esvaziamento do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) que, ontem (26), estava operando com 26,8% de sua capacidade total, o abastecimento de água em Mogi das Cruzes feito pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) – 65% da Cidade – e pela Sabesp, que fornece os recursos para 35% do Município, poderá ser prejudicado. A informação é do engenheiro civil e sanitarista, José Roberto Kachel dos Santos, que atuou por 35 anos no setor de produção de água, 10 deles diretamente no Spat.

Até então, pensava-se que a maior parte de Mogi, abastecida pelo Semae com a água captada diretamente do Rio Tietê, na Estação Pedra de Afiar, estaria protegida de um possível racionamento. No entanto, segundo o engenheiro, se as represas de Paraitinga e Ponte Nova secarem – fato que deve ocorrer até outubro, pelas previsões de especialistas em recursos hídricos –, a Sabesp não poderá mais despejar no rio os três metros cúbicos por segundo do total de 15m³/s que ela capta das barragens. “Em função da outorga que a Sabesp tem para captar os 15m³/s de água das represas, logo acima à Estação Pedra de Afiar, a Companhia, por obrigação, faz vazão a 3m³/s para o Tietê. Então, o que o Semae capta já conta com a água das barragens. Se elas secarem, não haverá meio da Sabesp continuar despejando esse montante no rio e sobrará ao Semae captar, se muito, 0,5m³/s de água da vazão natural do Tietê. Esse volume é insuficiente para o abastecimento da Cidade. Fatalmente teremos problemas sérios com isso”, explicou Kachel.

Fonte:O Diário de Mogi