domingo, 3 de março de 2013

Proposta Campanha quer inibir pichação


Proposta
Campanha quer inibir pichação
Projeto prevê ampliação da fiscalização e incentivo à população para denunciar casos envolvendo pichadores
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Divulgação

Objetivo dos idealizadores da campanha é acabar com a pichação a prédios públicos e privados e aumentar a fiscalização
"Senhor prefeito, a qualidade visual do meio ambiente urbano já bastante prejudicada pela desordem característica dos seus diversos elementos tem sido exacerbada pela prática da pichação. Além de provocar desconforto visual, a pichação desvaloriza imóveis, descaracteriza monumentos e inutiliza equipamentos do mobiliário urbano (abrigos para ônibus, pontes, viadutos, por exemplo)". Esse parágrafo dá início ao texto que justifica a instalação da Campanha Antipichação de Mogi das Cruzes, elaborada por um grupo de mogianos, tendo o aposentado Monsueto Araújo de Castro, que atua no ramo imobiliário, à frente. A proposta, que conta com oito páginas, foi entregue à Prefeitura no começo deste mês.

Castro proporciona diversos argumentos para a efetivação da campanha e, ainda, indica como ela pode ser efetivada. Inclusive, mostra quadros e organogramas de como ela funcionaria, além de ilustrações. Além da Prefeitura, a proposta será encaminhada para as polícias Militar e Civil, Ministério Público, escolas, representantes do setor comercial, igrejas, associações, entidades representativas de classe e toda a sociedade civil organizada. A divulgação da cartilha que detalha o projeto também é feita pelas redes sociais e tem ganhado apoiadores.

A ideia é ampliar a fiscalização contra a pichação, tornando-a mais rigorosa. A medida seria incluída no Mogi Mais Viva e envolveria toda a sociedade. Para que entrasse em ação, precisaria contar com parte do efetivo da Guarda Municipal e os apoios das polícias. O videomonitoramento da cidade também seria utilizado. Um serviço de filmagem e catalogação fotográfica seria a alternativa para identificar o responsável pelo delito e o grupo que ele pertence. O registro serviria para avaliar os resultados da campanha.

Castro e os outros mogianos que defendem uma maior fiscalização do crime acreditam que para uma efetividade ainda maior é preciso criar um serviço de grafologia dentro da Guarda Municipal. A técnica possibilita o estudo de escritas e sinais dos registros verificados em fotos e outros meios, para que haja a constatação da incidência da prática da pichação feita pelo mesmo pichador ou grupo.

A Campanha Antipichação aborda um ponto importante: incentivar a população a denunciar. Uma espécie de disque-pichação, que contasse com apenas três dígitos e com funcionamento 24 horas por dia, deve ser criada. 
O sistema possibilitaria, segundo a proposta apresentada por Castro, um número maior de flagrantes. Pichar é crime e o acusado pode ser punido com multa e detenção de seis meses a três anos.

Fonte:Mogi News