quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Exame com contraste ainda suspenso


Exame com contraste ainda suspenso
QUA, 06 DE FEVEREIRO DE 2013 08:00
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A medida preventiva se estendeu devido ao acontecido no serviço do hospital Vera Cruz de Campinas / Foto Arquivo


A Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes decidiu manter a posição de suspender os exames de ressonância magnética com utilização de contraste. Na semana passada, o médico radiologista responsável pelo serviço, José Fernando Denardi, havia dito que as avaliações com o uso da substância química voltariam a ser feitas na última segunda-feira. Depois, recuou.

De acordo com a Assessoria de Imprensa do hospital, a medida preventiva se estendeu devido ao acontecido no serviço do hospital Vera Cruz de Campinas, em que três pacientes faleceram após o exame, e em também em Guaratinguetá, onde um policial militar, de 52 anos, passou mal depois da administração do contraste, no hospital particular Frei Galvão.

“Até que se apure o que aconteceu nos procedimentos realizados nestes serviços e a Vigilância Sanitária do Estado mande um comunicado oficial, a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, visando o bem estar e a segurança de seus clientes, determinou a continuidade da suspensão de todos os exames contrastados em nosso serviço de ressonância magnética, passando a realizar apenas os estudos sem contraste. A perspectiva na semana passada era de que na segunda-feira já seria possível retomar os exames. Mas, novos casos ocorridos fizeram com que a Provedoria tomasse a decisão de manter a suspensão como uma medida de prevenção”, explica a nota oficial.

Denardi destacou que os contrastes utilizados pela Santa Casa e também pelo hospital Vera Cruz, de Campinas, que derivam da mesma substância chamada gadolínio, são “o que existe de melhor no mercado”. “Não são de marcas de segunda linha e em todos esses anos de profissão nunca vi essa substância causar alergia em ninguém. Alias, há estudos que revelam que isso é, realmente, muito incomum já que de 74 mil exames realizados, apenas 0,4% registrou algum tipo de reação alérgica”, salientou Denardi, levantando a possibilidade do soro fisiológico usado em Campinas ter sido contaminado. “Mas não posso falar mais nada porque não participo dessa investigação”, comentou, ontem. (Sabrina Pacca)

Fonte:O Diário de Mogi